
Em 2021, o Algarve foi a segunda região da Europa com maior perda de riqueza face a 2019, ou seja, face ao período pré-pandemia. Apenas as ilhas Baleares, de Espanha, tiveram uma maior queda no PIB real durante os dois períodos em análise. Esta é uma das conclusões a retirar dos dados divulgados esta segunda-feira (20 de fevereiro), pelo Eurostat. Os mesmos indicam que a maior parte do território português tem um PIB per capita inferior a 75% da média europeia.
Segundo o Expresso, que se apoia precisamente no gabinete de estatísticas europeu, o Algarve, com uma queda de 13,8% em 2021, foi uma das regiões da Europa que viram o PIB real – avaliado a preços constantes, isto é, sem ter conta o impacto da inflação – cair até 15% em 2021 face a 2019. Às Baleares e ao Algarve juntam-se as também espanholas ilhas Canárias.
As regiões europeias que registaram mais aumentos do PIB real em 2021 face a 2019 foram as correspondentes ao sul, este e interior da Irlanda (Southern, Eastern e Midland), com variações positivas de 28,4%, 15,4%, e 14,1%, respetivamente.

O Eurostat conclui que, em 2021, havia 79 regiões com um PIB mais alto que o registado no último ano pré-pandemia.
Relativamente a Portugal, a maior parte do país tem um PIB per capita inferior a 75% da média europeia. Só as regiões de Lisboa e Algarve (com 96% e 76%, respetivamente) escapam, sendo que as regiões Norte (65%), Centro (66%), Açores (66%), Madeira (70%) e Alentejo (71%) estão mais distantes da riqueza gerada em termos médios na UE. O Alentejo foi, de resto, a nível nacional, a região que teve o maior aumento do PIB em 2021: um crescimento de 6,8%, neste caso, comparativamente com 2020.
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