
O Banco Central Europeu (BCE) já subiu as taxas de juro diretoras em 350 pontos base desde julho passado e admite continuar a fazê-lo nas próximas reuniões de política monetária. O seu grande objetivo passa por travar a alta inflação que se faz sentir na Zona Euro, levando-a ao patamar dos 2%, no qual é assegurada a estabilidade dos preços. E há boas notícias sobre este matéria: a inflação na Zona Euro recuou para 6,3% em março, enquanto a inflação na União Europeia (UE) abrandou para 8,3%, aponta o Eurostat.
No caso da Zona Euro, a inflação passou de 8,5% em fevereiro para 6,3% em março. E na UE a taxa de inflação anual recuou face ao valor de fevereiro (9,9%), para 8,3%, revelam os dados do gabinete de estatística europeu divulgados esta quarta-feira, dia 19 de abril.
A maior contribuição para a taxa de inflação anual da Zona Euro em março proveio o setor da alimentação, álcool e tabaco (3,12 pontos percentuais, p.p.), seguida dos serviços (+2,10 p.p.), dos bens industriais não energéticos (+1,71 p.p.) e da energia (-0,05 p.p.).
Taxa de inflação desce na maioria dos Estados-membros da UE
A inflação homóloga recuou, em março, em 25 Estados-membros e subiu na Eslovénia e em Malta. As taxas de inflação, medidas pelo Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC), mais baixas foram registadas no Luxemburgo (2,9%), em Espanha (3,1%) e nos Países Baixos (4,5%) e as mais altas, por seu lado, observaram-se na Hungria (25,6%), Letónia (17,2%) e República Checa (16,5%).
Portugal registou uma taxa de inflação homóloga, medida pelo IHPC, o indicador utilizado para comparações a nível europeu, de 8%, face aos 5,5% de março de 2022 e aos 8,6% de fevereiro.
A taxa de inflação na Zona Euro começou a acelerar em junho de 2021, principalmente devido à subida dos preços da energia, e atingiu valores recorde desde novembro de 2021, registando um pico de 10,6% em outubro de 2022, com o primeiro recuo a ser registado em novembro passado.
*Com Lusa
Para poder comentar deves entrar na tua conta