
Os conservadores do Partido Popular (PP), de Alberto Núñez Feijóo, venceram as eleições legislativas deste domingo (24 de julho de 2023) em Espanha, mas sem conseguir uma maioria absoluta com o VOX, que foi o terceiro partido mais votado, atrás do PSOE de Pedro Sanchez, atualmente no poder.
O PP, com 136 deputados, e o VOX, com 33, só conseguiram somar 169 deputados no parlamento, ficando a sete dos 176 necessários para a maioria absoluta. Já o PSOE, com 122 deputados, e o Somar, com 31, totalizaram 153 lugares no parlamento e poderão ter mais deputados do que a direita com os aliados da última legislatura. Vive-se em Espanha um cenário de incerteza após estes resultados, estando em aberto a possibilidade de haver uma segunda ronda de eleições.
Relativamente às eleições de 2019, o PP elegeu mais 47 deputados e o PSOE ficou com mais dois. Já o VOX (extrema-direita) manteve-se como a terceira força política, mas perdeu 19 deputados em relação a 2019, ficando com 33.
O Somar, que integra partidos de extrema-esquerda que faziam parte do Unidas Podemos, elegeu 31 deputados.
Entre as formações políticas das autonomias regionais, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) sofreu um revés, caindo de 13 para 7 deputados, o Juntos pela Catalunha perdeu um e ficou com seis, e no País Basco o EH-Bildu superou o Partido Nacionalista Basco pela primeira vez, com seis deputados contra cinco.
O Bloco Nacionalista Galego manteve o seu único lugar, a Coligação das Canárias ganhou um, tal como a União do Povo Navarro, de modo que a nova câmara será composta por onze partidos diferentes.
Grande afluência às urnas
A taxa de participação nas eleições legislativas foi de 70,32%, correspondente a mais de 23,9 milhões de votos, com a abstenção a atingir 29,67%. Inferior, portanto, à registada nas eleições de 2019 (33,76%).
Estas são as XVI eleições gerais em Espanha desde o fim da ditadura, em 1977, e foram chamados a votar 37.469.142 eleitores, para escolherem 350 deputados e 208 senadores.
As eleições estavam previstas para dezembro, no final da legislatura, mas foram antecipadas por Sánchez na sequência da derrota da esquerda nas municipais e regionais de 28 de maio.
Com Lusa
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