Há mais famílias a guardarem as poupanças nos bancos, apesar de os depósitos a prazo estarem a render menos.
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Depósitos das famílias nos bancos
Banco de Portugal

Pelo quarto mês consecutivo, as famílias que colocaram poupanças nos bancos voltaram a obter menos ganhos. Isto porque a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares voltou a cair para 2,75% em abril, revelou o Banco de Portugal (BdP). 

“A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo quarto mês consecutivo, passando de 2,77%, em março, para 2,75% em abril”, revelou o BdP na nota estatística divulgada esta quarta-feira (dia 5 de junho).

Esta diminuição da remuneração dos depósitos a prazo das famílias foi sentida em todos os prazos em abril:

  • Novos depósitos com prazo até 1 ano: a taxa de juro média diminuiu 0,01 pontos percentuais (pp), para 2,79%. “Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 96% dos novos depósitos em abril”, aponta o regulador;
  • Novos depósitos de 1 a 2 anos: a taxa de juro média diminuiu 0,18 pp, de 2,21% para 2,03%;
  • Novos depósitos a mais de 2 anos: remuneração média cresceu de 1,98% para 2,01%, “embora esta classe de depósitos tenha continuado a apresentar um peso residual nos novos depósitos de particulares (0,36%)”, explica.

Também a taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro apresentou uma diminuição 0,05 pp (uma queda superior à verificada em Portugal), fixando-se em 3,11%. Esta descida pode ser explicada pela antecipação do primeiro alívio dos juros diretores que deverá ser decidido pelo Banco Central Europeu (BCE) na reunião desta quinta-feira, dia 6 de junho. Ainda assim, os juros nos novos depósitos na zona euro continua a ser uma remuneração superior à registada em Portugal, que apresenta a sétima taxa de juro mais baixa do conjunto de países europeus.

Apesar de os depósitos a prazo darem menos ganhos, há mais famílias a guardarem as poupanças nos bancos: o montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 10.645 milhões de euros em abril, o que representa um aumento de 2.947 milhões de euros em relação ao mês anterior. “Esta evolução foi determinada, em grande medida, pela reaplicação em depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e que atingiram a maturidade em abril sem renovação automática”, explicou ainda o regulador liderado por Mário Centeno.

Juros nos depósitos a prazo
Banco de Portugal

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