Comentários: 0

A exposição do Estado português ao BES é, afinal, maior e mais crítica do que aquilo que tem vindo a ser dito pelo Governo. Além do empréstimo ao Fundo de Resolução e do crédito de emergência do Banco de Portugal ao BES, o Estado garantiu três emissões de dívida do BES no valor de 3.500 milhões de euros e a sua exposição já terá ascendido a 10.000 milhões de euros no pico da crise.

No prazo de seis meses, o Novo Banco terá de amortizar três títulos de dívida no valor de 3500 milhões de euros que o BES emitiu com o apoio de uma garantia da República Portuguesa, no decorrer de 2011 e 2012, noticia o Público.

Na eventualidade de o Novo Banco não conseguir pagar estes créditos, será o Estado português a ter de assumir essa responsabilidade, diz o jornal.

Outra exposição foi assumida na semana passada, quando o Governo aceitou emprestar ao Fundo de Resolução 3900 milhões de euros para que este possa assumir na sua totalidade o capital do Novo Banco. De acordo com o que foi anunciado pelas autoridades, o dinheiro proveniente de uma futura venda do Novo Banco a privados será usado pelo Fundo de Resolução para abater a dívida.

Se o valor dessa venda não chegar aos 3900 milhões de euros, o Banco de Portugal e o Governo garantem que serão os outros bancos nacionais a assumir a responsabilidade de devolver o dinheiro ao Estado, através das suas contribuições anuais para o Fundo de Resolução (que não ultrapassaram em 2013 os 200 milhões de euros, incluindo a contribuição especial sobre o setor bancário).

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta