Com a preocupação de fazer as deduções certas no IRS, de forma geral, o hábito de pedir fatura já está enraizado nos portugueses. Mas atenção porque há outras questões a ter cuidado, para que esse ato valha a pena e não tenhas a surpresa desagradável de ver o IRS deste ano subir.
Como lembra o Jornal de Negócis, a partir de agora há uma categoria nova, a de despesas gerais e familiares, que permite uma dedução máxima de 250 euros por sujeito passivo (ou seja, os filhos não contam).
Para tal, é preciso ter um máximo de 715 euros em faturas. Assim que juntar este valor, já terá garantido a dedução. Caso contrário, pagarás mesmo mais IRS.
Neste novo ano fiscal terá também, diz ainda o diário, de fazer mais do que pedir fatura. É preciso pedi-las em separado, para não misturar despesas. Se, por exemplo, na mesma fatura tiver medicamentos que não precisam de receita, a 23% de IVA, e medicamentos com 6% de IVA, vai perder o direito a abater os valores que dizem respeito a despesas de saúde, como realça a mesma publicação.
Em todo este novo processo, o grande aliado é o computador e a internet. É que pedir fatura é apenas o primeiro passo. Deverás pedir fatura com o número de contribuinte, já tendo em conta os produtos que há a separar (como o exemplo dado acima sobre medicamentos) e garantir que os comerciantes as enviaram devidamente para o Fisco.
Para tal, terás de aceder ao E-fatura, que a partir de agora deverá contar com as suas visitas periodicamente – é esta a única forma de assegurar que, todos os meses, as faturas têm o seu devido destino, para que tal se reflita no IRS.
E fica ainda outro aviso. Este processo, que é mais moroso, tem também um novo prazo: 15 de fevereiro de cada ano.
Para poder comentar deves entrar na tua conta