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Depois das penhoras de salários, há um novo efeito visível da crise em Portugal. Agora são as reformas e pensões que estão a ser alvo de várias cobranças coersivas devido a um aumento dos casos de sobreendividamento e dívidas de reformados que muitas vezes não conseguem enfrentar as despesas da casa, como água e luz.

Em 2014, registaram-se 196 mil penhoras de reformas e pensões em, mais 8% face ao ano anterior, revela o Diário Económico, apontando que quase dois terços dessas penhoras (mais de 123 mil) são do setor privado onde os montantes penhorados totalizaram 24 milhões de euros. A este valor somam-se mais 20 milhões de euros de penhoras das reformas da Caixa Geral de Aposentações (CGA).

No total, diz o jornal, os credores conseguiram recuperar 44 milhões de euros, numa média mensal de cerca de 16.317 movimentos de penhoras de reformas realizados pelos agentes de execução. 

A crise e os cortes nas reformas estão, segundo o Diário Económico, na base das dívidas que acabam nos tribunais e do multiplicar dos processos de penhoras que recaem sobre os reformados.

Na maior parte, em causa estão credores que tentam recuperar o valor das dívidas relativas a serviços essenciais como água, luz e gás e ainda telecomunicações (como TV por cabo) ou processos executivos referentes a outro tipo de dívidas como fornecedores, fianças e arrendamentos, letras, livranças e cheques à banca, seguros e crédito ao consumo. 

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