Comentários: 0
Sabes quanto pagas em comissões bancárias?
GTRES

Artigo escrito por joao.raposo@reorganiza.pt, partner da Reorganiza, para o idealista/news, no âmbito da rubrica “Trocado por Miúdos”.

Há algumas despesas que por insignificantes que pareçam acabamos por não dar a devida importância, mas pode ser um grande erro. Muitas pequenas despesas podem ter um grande impacto no teu orçamento.

É provável que sejas um dos muitos portugueses que considera que já não é possível poupar mais. Provavelmente até já fizeste esforços para cortar nas despesas que nunca achaste possível. Mas se continuas a viver sem folga orçamental, é mesmo melhor procurares reduzir mais os gastos para aumentar as poupanças. Nunca se sabe as voltas que vida dá! 

Uma despesa que praticamente todas as pessoas têm e não lhes dá muita importância são as comissões bancárias. A maioria nem sabe ao certo quanto paga e muito menos se preocupou com este assunto antes de abrir conta. Mas repara: se há um banco que cobra 16 euros de três em três meses e outro não cobra nada, por que ter um gasto anual de 64 euros se isso nem representa um benefício acrescido para a tua vida? E já reparaste se o teu banco cobra por transferências interbancárias realizadas nos serviços homebanking? Mais uma vez podes achar que 50 cêntimos não têm expressão no teu orçamento, mas tudo muda quando alteras a escala da análise. Isto é, se além dos 64 euros/ano que pagas pela conta ainda fazes uma média de quatro transferências interbancárias por mês, aos 64 euros deves acrescentar 24 euros, o que significa que há 88 euros/ano que poderiam estar muito melhor aplicados numa poupança do que em dar dinheiro ao banco por serviços que outros não cobram. 

1) Analisa os teus extratos bancários:

Se fores daqueles clientes que recebes o extrato bancário via eletrónica (e ainda bem porque és mais amigo do ambiente) não deixes que isso seja motivo para não estudares bem os extratos. Deixamos aqui um desafio para que pegues nos extratos dos últimos três meses e soma todas as comissões que estão a ser cobradas – manutenção de conta, transferência, entre outras. Está também atento à evolução do valor das comissões. É muito provável que o teu banco tenha aumentado o valor das comissões desde a altura em que abriste conta. 

2) Identifica quais as tuas necessidades:

Se pagas comissões elas têm de ter uma concretização prática. Não podes estar a pagar por um serviço que não sabes que benefício traz. No contexto da tua relação bancária, deverás colocar um conjunto de questões:

  • Para que precisas de uma conta bancária?
  • Será que precisas mesmo de mais que uma conta?
  • Tens benefícios em juntar as contas da família num mesmo banco?

3) Procura o melhor banco para as tuas necessidades:

Depois de saberes as necessidades que pretendes ver satisfeitas estás em condições de procurar o banco que melhor se adequa ao teu perfil, analisar o preçário dos vários bancos e negociar condições contratuais mais vantajosas. Muitas pessoas não acreditam, mas é mesmo possível negociar com os bancos. Eles querem captar mais clientes e estão dispostos a deixar cair estas comissões quando vais abrir uma nova conta. Não te impede de mudar de banco as vezes que quiseres. 

Sem fazer publicidade a nenhum banco em concreto, não é difícil perceber que os bancos mais “online” têm facilidade em apresentar tarifários mais reduzidos, pois não têm os custos da estrutura dos balcões. Não é preciso ter medo destes bancos só porque não têm uma cara ao balcão para te receber. Todos eles estão regulados pelo Banco de Portugal pelo que são tão legítimos como os restantes.

Como vês é possível reduzir os custos financeiros e poupar dinheiro todos os meses. Pode exigir algum esforço mas depois de conseguido irás colher os frutos. Em tempos havia uma publicidade de um banco que falava de uma personagem muito engraçada e muito real: a Dona Inércia! Lembraste? Pois questiona-te se não tens dentro de ti uma “Dona Inércia” que te prende à cadeira e te faz gastar dinheiro desnecessário. Claro que descobrir o melhor banco e negociar as condições mais ajustadas ao teu perfil é algo que precisa de tempo e dedicação, mas será que uma poupança de 100 euros/ano (ou mais!) não é motivação suficiente que justifique esta procura? Boas pesquisa!

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta