O primeiro-ministro, António Costa, voltou esta quinta-feira a reiterar que "não há nenhum plano B no horizonte" para o Orçamento do Estado (OE) para 2016. O líder do Governo e o ministro das Finanças, Mário Centeno, reuniram-se ontem, em Lisboa, com o comissário europeu Pierre Moscovici, supostamente porque Bruxelas quer pressionar Portugal a adotar medidas orçamentais extraordinárias.
António Costa, citado pela Lusa, declarou querer acabar "de uma vez por todas" com a "especulação" à volta do OE, frisando que "não há nenhum plano B no horizonte" em matéria de medidas.
"O único plano B", nas palavras do primeiro-ministro reproduzidas pela agência de noticias, "é executar o orçamento que a Assembleia da República está a discutir e aprovará no próximo dia 16", vincou Costa, após a sua primeira reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto Presidente da República, que também aconteceu nesta quinta-feira.
No que respeita ao encontro com o comissário europeu Pierre Moscovici, parece que afinal foi apenas uma operação de charme de parte a parte.
Os dois responsáveis, segundo relata o Público, apareceram na tarde desta quinta-feira lado a lado no Salão Nobre do Ministério das Finanças com uma mensagem alinhada: o Governo e a Comissão Europeia estão a trabalhar em conjunto e na reunião não foram discutidas as medidas adicionais que o executivo de António Costa se comprometeu a apresentar para o défice não derrapar.
Moscovici aproveitou, no entanto a oportunidade, para deixar claro que Bruxelas se mantém vigilante. “Não daremos lições nem interferiremos indevidamente nas decisões políticas nacionais, mas iremos aconselhando e, se necessário, procuraremos convencer”, concedeu o comissário responsável pelos assuntos económicos e financeiros, deixando sempre explícito que acompanhará os próximos passos do Governo e a sua estratégia económica de médio prazo. E lembrou a exposição do país “a vários riscos, especialmente no atual frágil clima económico mundial”.
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