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Impostos do imobiliário e turismo ajudam a engordar cofres da Câmara de Lisboa
idealista/news

É com orgulho que o socialista Fernando Medina, à beira das eleições municipais de outubro, fala da situação financeira da autarquia que lidera. Pelo terceiro ano consecutivo, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) conseguiu em 2016 as "melhores contas de que há registo" e tem atualmente "uma situação financeira sólida e estável". Para isto, contribuiu uma melhoria de 14,3% nos resultados operacionais, alimentada, sobretudo, por um significativo aumento das receitas de impostos e taxa. O imobiliário, o urbanismo e o turismo destacam-se neste contributo, a par das receitas das empresas.

Apesar de a maior fatia chegar da receita da derrama de IRC - tributada sobre os lucros das empresas - com um aumento de 19 milhões de euros, o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) - pago no momento da compra de casa - escalou 15 milhões de euros, e a taxa TRIU -de realização, manutenção e reforço de infraestruturas urbanísticas - engordou 11 milhões de euros.

Mas, pelas palavras de Medina, depreende-se que este aumento de receita fiscal resulta de um maior volume de atividade económica e não de um agravamento da carga aplicada pelo município.  "Desde 2012 que a câmara devolve dezenas de milhões de euros em impostos, por opção política", ao aplicar a taxa mínima de IMI (0,3%) e ao devolver metade do IRS a que tem direito (devolve 2,5% dos 5% deste imposto dos lisboetas que lhe são devidos).

Por outro lado, a par do aumento das receitas, a CML atacou o lado do passivo, conseguindo uma redução de 52,5 milhões de euros (menos 4,4%) face aos 1.129 milhões registados em 2015. E também baixou a dívida junto de fornecedores para perto dos dois milhões de euros, quando no ano anterior era de 3,6 milhões.

Já o limite de endividamento do município passou de 26,8 milhões de euros no final de 2015 para 82,2 milhões de euros no final de 2016. Este indicador é de particular relevância, devido ao empréstimo que o município lisboeta contratou com o Banco Europeu de Investimento (BEI), no valor de 250 milhões de euros.

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