Grupo Sonae vende 12 ativos imobiliários em leilão orientado para fundos

O Grupo Sonae continua com a estratégia de desinvestimento no setor imobiliário, com o objetivo de reduzir para metade o peso dos ativos de retalho em propriedade no balanço. Agora, o grupo de distribuição tem em curso um leilão para alienar cerca de uma dúzia de ativos imobiliários, orientando sobretudo para os fundos internacionais que têm estado muito ativos na compra deste tipo de produto em Portugal, nos últimos meses.

O leilão que decorre desde o mês passado visa proveitar o momento de recuperação do preços imobiliários e enquadra-se num modelo de "sale anda lease back". Ou seja, a Sonae mantém-se como inquilino dos bens que vende, com um contrato que lhe permita ter "muita liberdade para mexer no ativo", segundo explica o Jornal de Negócios.

Entre janeiro e junho deste ano, a Sonae SGPS, através da Sonae RP, realizou "quatro operações" de venda de imóveis de retalho alimentar no valor de 185 milhões de euros, com "ganhos de capital de 40 milhões de euros", recorda fonte oficial do grupo citada pelo diário.
 
Uma das operações, cujo valor ascendeu a 53,6 milhões de euros, anunciou o grupo ao mercado a 25 de junho, foi a venda e posterior arrendamento "da propriedade" onde a Sonae "opera o seu hipermercado Continente localizado no Centro Comercial Colombo".  

Imóbiliário e telecomunicações valem dois terços da Sonae

Atualmente, quase dois terços do valor da Sonae estão nas telecomunicações e imobiliário (sobretudo Sonae Sierra e as propriedades imobiliárias de retalho), de acordo com informações avançadas dà Lusa por fonte oficial do grupo, destacando os “resultados excecionais” obtidos no primeiro semestre pela NOS e o “muito positivo” desempenho da Sonae Sierra.

No imobiliário, a Sonae destaca o comportamento “muito positivo” da Sonae Sierra, “com um crescimento de vendas, de ocupação, de receitas e de valorização dos ativos”, e, no caso das propriedades imobiliárias de retalho, a concretização de operações de venda no valor de 185 milhões de euros, com um ganho de capital de 40 milhões de euros, tal como escreve a agência de notícias.