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O BCP vai avançar com uma operação de integração do Millennium Angola no Banco Privado Atlântico, que se traduz num arranjo acionista mas que é apresentado com o objetivo de resolver os constrangimentos colocados pela desaceleração da economia africana e pelas diretivas regulatórias, que obrigam os bancos europeus a ajustar a dimensão da exposição a Angola.

Segundo o Público, com esta operação, o banco português passará a deter 20% da nova instituição, que se poderá designar Banco Millennium Atlântico, cujo principal acionista será a Global Pactum de Carlos Silva.

Dias depois de o BPI ter apresentado a sua resposta às obrigações regulatórias europeias de redução da exposição ao maior banco angolano (o BFA), foi a vez do presidente do BCP, Nuno Amado, anunciar que vai integrar o Banco Millennium Angola, onde possui 50,1% do capital, no também angolano Banco Privado Atlântico (Atlântico). Um passo anunciado ao fim de uma semana de grande crescimento do título BCP, que nas últimas cinco sessões valorizou mais de 50%, escreve a publicação.

A junção dos dois bancos, Millennium Angola e Atlântico, dará lugar ao terceiro maior banco angolano, mas traduz-se na redução da presença do BCP no mercado africano. Trata-se de uma decisão que não é totalmente inesperada tendo em conta as relações acionistas: a petrolífera Sonangol é o maior acionista do grupo BCP e fundador do Atlântico, onde possui 20% do capital. Por seu turno, Carlos Silva preside ao Atlântico, de que é também um dos fundadores, sendo que a instituição angolana detém uma pequena posição no banco português. E Silva é vice-presidente do BCP.  

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