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José Veiga fotografado pelo Observador
autorizado

O ex-agente de futebolitas, José Veiga, foi ontem detido, após a Polícia Judiciária ter encontrado oito milhões de euros em dinheiro vivo na casa onde vive o empresário - propriedade em nome de uma off-shore. Além deste dinheiro, as autoridades apreenderam, no âmbito da operação Rota do Atlântico, avultadas quantias em contas bancárias, imóveis e carros de luxo, quase todos em nome de sociedades do mesmo tipo.

Além do ex-representante de Luís Figo, foi detido Paulo Santana Lopes, irmão o ex-primeiro ministro Pedro Santana Lopes. A investigação, iniciada em 2014 na sequência de informações de polícias estrangeiras sobre vários crimes económicos, foca-se, segundo conta o Público, nos milhões de euros que os empresários terão angariado em luvas pagas por empresas que queriam investir no Congo, uma antiga colónia francesa, onde vivem ambos. 

Segundo duas notas emitidas esta quarta-feira pela PJ e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e citadas pelo jornal, nesta investigação estão em causa suspeitas de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal.

Ao todo, a PJ realizou 35 buscas nas zonas de Lisboa, Braga e Fátima, que envolveram cerca de 120 elementos daquela polícia e dez magistrados do Ministério Público (MP).

Um dos alegados crimes de tráfico de influência está relacionado com a venda a José Veiga do Banco Internacional de Cabo Verde, um ativo do Novo Banco avaliado em 14 milhões de euros, que está em processo de venda e que foi recentemente noticiada.

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