
Devastado pelo vandalismo e por um incêndio, aquele que foi o maior e mais atrativo moinho de maré do estuário do Tejo está prestes a ganhar uma nova vida. A Câmara Municipal do Barreiro acaba de decidir que vai investir na reabilitação do célebre Moinho do Braamcamp, erguido no século XVIII, no Bico do Mexilhoeiro (Barreiro), em vez de deixar que ali seja construído um projeto de promoção imobiliária.
O projeto da autarquia, que implica um investimento inicial na ordem dos 1,8 milhões de euros, visa recuperar o moinho e criar percursos pedonais. O objetivo é tornar aquela zona emblemática para a cidade em termos turísticos e, para isso, o município vai pedir ideias à população, segundo diz o Diário de Notícias.
Foi o maior e mais atrativo moinho de maré do estuário do Tejo. Mas o abandono condenou-o ao vandalismo até ao golpe fatal desferido a 14 de fevereiro de 2011, quando um incêndio destruiu o célebre Moinho do Braamcamp, no Bico do Mexilhoeiro (Barreiro).
Para isso, a autarquia vai comprar a Quinta de Braamcamp - onde funcionou a Sociedade Nacional de Cortiças e se encontra o moinho - ao Banco Comercial Português (BCP), por 2,8 milhões de euros.
Citando o presidente do município, Carlos Humberto, o DN explica que, entre os projetos que vão arrancar em 2015 nos 21 hectares de terreno à beira-rio, será dada prioridade à recuperação do moinho, de onde se tem uma ótima vista para Lisboa.
O Plano Diretor Municipal do Barreiro previa a construção de 200 fogos para a Quinta de Braamcamp, que foi parar às mãos do BCP após a falência da corticeira. Mas a autarquia, segundo o diário, mudou de ideias, considerando o projeto imobiliário incompatível com o espaço de lazer que ambiciona transformar a quinta numa nova centralidade turística na margem sul.
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