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Investimento imobiliário continuará a crescer apesar da instabilidade internacional
Vista panorâmica de Paris à noite. wikimedia_commons

O investimento imobiliário comercial na Europa continuará forte em 2017. Esta é a principal conclusão do estudo “O Futuro do Investimento Imobiliário”, da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W). Segundo o mesmo, os principais riscos que a economia mundial enfrenta são essencialmente geopolíticos, o que beneficiará o setor imobiliário pelo seu estatuto de porto seguro face ao aumento de risco esperado para o mercado de dívida pública.

As previsões da C&W apontam para um crescimento dos volumes de investimento imobiliário na Europa na ordem dos 6% e para uma evolução positiva dos preços, “esperando-se uma subida das rendas de entre 2% a 3% e nova contração de yields na ordem dos 30 a 40 pontos base”, refere a consultora em comunicado.

De acordo com a empresa, a “elevada participação dos capitais norte-americanos no mercado europeu deve diminuir em 2017, dado o esperado enquadramento de subida de taxas de juro, sendo substituída por capitais asiáticos e do Médio Oriente”.  

2017 será um ano com alguma instabilidade politica e económica à medida que os resultados do referendo do Reino Unido e das eleições presidenciais do EUA começam a ter efeitos reais e a influenciar os mercados. A instabilidade do sistema bancário persiste na Europa e pode emergir na China, enquanto as próximas eleições em França, Alemanha e Holanda podem trazer outras implicações para o futuro da UE”, lê-se no documento.

No centro das atenções, e a liderar a captação de investimento, devem manter-se as cidades de Paris (França), Berlim (Alemanha), Frankfurt (Alemanha), Londres (Reino Unido) e Amsterdão (Holanda). “Lisboa encontra-se muito bem posicionada, tanto no setor de escritórios, que revela um notável comportamento na atividade ocupacional, como em retalho, tendo em conta a qualidade excecional dos ativos nacionais”, refere a C&W.

Lisboa continuará no radar

No caso concreto de Lisboa, a consultora identifica como tendência a reabilitação urbana, que oferece “um vasto conjunto de oportunidades a preços competitivos à escala europeia”. “A evolução positiva do mercado ocupacional, o aumento das rendas em 2016, o crescimento do turismo e a crescente atratividade da cidade como destino europeu são alguns dos fatores que irão beneficiar a captação de investimento estrangeiro”, explica. 

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