Comentários: 0

O segmento de escritórios animou o ano passado, já que em Portugal nunca se investiu tanto nesta área de mercado como em 2016: mais de 600 milhões de euros. E 2017 tem tudo para ser um ano também positivo, já que há projetos (em todos os segmentos) que não se concretizaram no ano passado e derraparam para este ano, segundo Eric van Leuven, diretor-geral Cushman & Wakefield.

Em termos globais, e alimentado por investidores estrangeiros (82%), o investimento imobiliário comercial superou os 1,3 mil milhões em 2016, atingindo assim o segundo valor mais elevado de sempre. E a expetativa da consultora imobiliária é que em 2017 possa se possa ultrapassar os dois mil milhões de euros, valor alcançado em 2015..

“O ano de 2016 foi muito positivo para nós [Cushman & Wakefield, que diz ter garantido 44% do volume transacionado e teve o seu melhor ano de sempre, com um crescimento na faturação de 6% face a 2015] e para o mercado em geral”, aponta o responsável máximo da consultora imobiliária em Portugal, mostrando-se otimista para 2017 face às previsões. "Os negócios atualmente em pipeline e com fortes probabilidade de serem concretizados ultrapassam largamente os mil milhões de euros", conclui.

Assim foi o ano de 2016 no investimento imobiliário comercial (por segmentos e a nível global):

Escritórios

- Contratados 117.000 m2 até novembro, ligeiramente menos que no período homólogo. Estimativas apontam para cerca de 130.000 m2 até final do ano

- Muita dinâmica na procura, mas a oferta é escassa

- Maior negócio do ano foi a ocupação da Torre G das Torres de Lisboa pela Manpower (7.900 m2), logo seguido da colocação da Nokia no edifício Elevo (5.900 m2)

- Rendas prime aumentam devido à elevada procura potencial em conjugação com a escassez de oferta

- Só há 63.000 m2 de novos espaços previstos/anunciados para os próximos dois anos e mais de metade da ocupação está garantida

Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado
Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado

Retalho

- Volume de negócios manteve a tendência de subida que se verifica desde 2013, ainda que de forma muito moderada

- Indicadores da indústria de centros comerciais refletem uma subida continuada no volume de vendas desde 2013, ainda que atenuada ao longo deste ano

- Recuperação sólida da procura ao longo de 2016, já não só nas localizações prime mas também nos centros comerciais e ruas/cidades secundárias

- Setor da restauração foi o mais ativo, com 160 novas unidades em funcionamento. Segue-se o setor da moda, com 20% das aberturas (90 lojas)

- 2016 foi um ano mais ativo em termos de aberturas de centros comerciais – foi inaugurado o Nova Arcada e três retailparks. Ao todo, chegaram ao mercado cerca de 115.000 m2. O ano de 2017 também será dinâmico, estando já em construção 100.000 m2 de novos espaços (Mar Shopping no Algarve, 83.000 m2, e Évora Shopping, 16.400 m2

Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado
Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado
Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado

Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado

Investimento imobiliário comercial

- Volume de investimento em imobiliário comercial em Portugal foi o segundo mais alto de sempre, sendo só ultrapassado por 2015: 1,3 mil milhões contra 1,9 mil milhões

- Capital estrangeiro continuou a ser o principal impulsionador da atividade (82%), mas diminuiu face a 2015, pelo que há mais investidores nacionais “no ativo”

- 48% do capital investido foi alocado ao setor de escritórios que registou o volume de investimento mais alto de sempre, cerca de 600 milhões de euros. Seguem-se os ativos de retalho, que representam 45% do capital investido

Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado
Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado
Investimento em escritórios bate todos os recordes
autorizado
Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta