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O novo filão do imobiliário está nas universidades
Universidade de Lisboa é dona de 4% do tecido urbano da capital portuguesa Wikipedia

Provavelmente nunca tinhas pensado nisso, mas as universidades portuguesas são gestoras de um amplo património imobiliário. E aqui há várias oportunidades de negócio, seja para agentes imobiliários, promotores, consultores, arquitetos ou construtores. Afinal, as instituições de ensino vendem os imóveis sem atividade, compram outros ou mandam construir quando precisam de espaço e reabilitam o edificado.

Só o património imobiliário da Universidade de Lisboa (UL) ocupa 4% da área da capital e na Invicta a Universidade do Porto (UP) abarca cerca de 1,2%, segundo conta o Expresso, dando tambçem nota de a Universidade de Coimbra (UC), por sua vez, foi declarada Património Mundial pela UNESCO em 2013 o que no ano passado lhe granjeou 450 mil visitantes e uma receita de 3 milhões de euros. 

Universidade de Lisboa

A Universidade de Lisboa - que resultou da fusão entre a Técnica e a Clássica - é a maior universidade pública do país e tem um património que se estende desde a cidade universitária ao polo do Alto da Ajuda e tem instalações nos concelhos de Oeiras, Cascais e Loures. Entre os espaços sob a sua alçada, o jornal destaca ainda o Pavilhão de Portugal, a Tapada da Ajuda, o Estádio Universitário de Lisboa, o Hipódromo do Campo Grande e o Jardim Botânico da Ajuda.

A UL conta com duas dezenas de residências universitárias, no total de 1250 camas, em edifícios seus e outros arrendados e esta é uma das áreas em que está a trabalhar, com vários projetos em curso. Um deles poderá nascer na cidade universitária, num terreno por trás da Biblioteca Nacional. Por outro lado, está a equacionar abrir concurso para concessionar a construção de outra residência num terreno na Expo.

Universidade do Porto

Esta política, acrescenta o Expresso, tem sido seguida pela sua congénere do Porto. No ano passado a UP vendeu um conjunto de edifícios, no centro da Invicta, por um valor entre 5 milhões e 10 milhões de euros, que serão reinvetidos na reabilitação de património imobiliário.

A UP conta com 30 mil estudantes e tem 14 faculdades, vários centros de investigação e edifícios históricos como a reitoria, jardim botânico, Observatório Astronómico da Faculdade de Ciências, um património que com mais mais de 40 imóveis.

Os planos desta universidade passam por converter alguns dos edifícios em residências de estudantes, uma vez que têm apenas cerca de 1200 camas para os seus alunos. E se existirem privados interessados neste negócio, está aberto a negociações.

Universidade de Coimbra

Já Universidade de Coimbra (UC), com um património que em 2013 foi classificado pela UNESCO, usa a receita do turismo em obras de recuperação dos imóveis. Dentro do seu património o espaço mais visitado é a biblioteca joanina, segundo escreve o jornal.

Dos 23 mil alunos da UC, entre 70 e 80% são deslocados. A eles a universidade tem para oferecer 14 residências com pouco mais de 1300 camas. Sem obras agendadas neste domínio a UC vai comprar por meio milhão de euros a residência universitária mais antiga da cidade, de 1940, situada na Rua da Alegria.

Está apenas a aguardar a aprovação do Ministério das Finanças, tendo já verba própria disponível para o efeito. E quando a Maternidade Daniel de Matos for desativada, uma vez que o edifício é seu, vai transformá-la em alojamento para estudantes.

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