
Depois de duas tentativas de venda falhadas por 135,5 milhões de euros, o terreno da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, só voltará a ser colocado em hasta pública quando a Câmara Municipal de Lisboa (CML) considerar que é um "momento oportuno". Na decisão do município vão pesar as condições do mercado imobiliário e a disponibilidade dos investidores, bem como o contexto político.
A mensagem chega pela voz do próprio presidente da autarquia da capital. "Poremos [o terreno] em hasta pública quando considerarmos que é o momento oportuno para a defesa dos interesses do município e para podermos ser bem-sucedidos", frisa o socialista Fernando Medina, citado pela Lusa.
O lançamento da nova hasta pública também só irá acontecer "num momento em que haja possibilidade de reunir o maior consenso [político] possível relativamente a esta operação", diz o responsável, frisando que "o nível de confiança [...] diminuiu um pouco" devido ao "comportamento de alguns partidos com o aproximar das eleições autárquicas, relativamente à capacidade de estabelecer compromissos".
Medina defende que terreno não está a desvalorizar
"Veremos se é possível fazer neste mandato", disse numa reunião pública do executivo, desvalorizando o facto de o terreno ainda não ter sido vendido, já que é propriedade do município "e não está a desvalorizar".
Com uma área de construção de 143 mil metros quadrados, o projeto que venha a surgir para o terreno - que está delimitado pelas avenidas das Forças Armadas, da República e 5 de Outubro - terá de garantir, segundo o programa do concurso, que a área para comércio não exceda 25%, a da habitação não seja inferior a 25% nem exceder 35% da superfície total e 30% do lote tem, obrigatoriamente, de ser área verde.
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