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Lisboa teve pela primeira vez uma Feira Popular em 1943, em Palhavã, junto à atual Praça de Espanha. Depois, em 1961, o parque de diversões mudou-se para Entrecampos, onde permaneceu até 2003, ano em que encerrou. Agora, passados 12 anos, soube-se que vai voltar a haver uma Feira Popular. Será em Carnide, num terreno com cerca de 20 hectares – quatro vezes maior que o de Entrecampos. Não tem data para abrir e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) investiu, para já, 11,5 milhões de euros, na aquisição dos terrenos.

“[A nova Feira Popular] tem acesso direto de metro à porta do local [da entrada], está a cinco minutos do Centro Comercial Colombo e está no cruzamento das principais vias viárias da cidade. E depois vai permitir uma profunda operação de recuperação e regeneração urbana de uma zona da cidade que está muito necessitada dessa operação”, começou por dizer Fernando Medina, presidente da autarquia, em conferência de imprensa.

Segundo o responsável, está em causa “um grande parque de lazer, um grande parque verde com cerca de 20 hectares”. “É um projeto muito ambicioso que se vai desenvolver ao longo de vários anos, em várias etapas. Até estar completo vai demorar um tempo significativo”, revelou, recusando fazer previsões.

Quando ao valor necessário para fazer nascer a “terceira casa da Feira Popular”, como Medina apelidou o projeto, ainda são desconhecidos os montantes em causa. O presidente da CML adiantou apenas que, até agora, a autarquia investiu 11,5 milhões de euros na compra dos terrenos. “Na próxima reunião de câmara será nomeada uma comissão que vai apresentar os estudos do ponto de vista da organização do modelo económico e do ponto de vista da realização das obras”.

Projeto avança mesmo que venda de terrenos de Entrecampos falhe

Durante a apresentação do “pré-programa” da nova Feira Popular, durante a qual foi dado a conhecer um vídeo, Fernando Medina revelou que o novo espaço será maior e melhor que o anterior e que estará integrado “num amplo espaço verde”. “Há muito tempo que se anda a trabalhar nesta solução”, frisou.

Quando questionado sobre se a continuidade e/ou viabilidade deste novo projeto estaria dependente da venda dos terrenos da antiga Feira Popular – não foram vendidos em hasta pública pelo preço solicitado, 135,7 milhões de euros, e está prevista uma nova hasta pública dia 3 de dezembro, caso haja propostas –, o autarca respondeu de forma clara: “Avança mesmo se a venda dos antigos terrenos falhar”. Medina recusou, de resto, adiantar pormenores sobre este assunto.

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