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Portugal atrai cada vez mais centros de serviços partilhados
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Há cada vez mais empresas a querer instalar centros de serviços partilhados em Portugal. O país segue à frente da Irlanda, República Checa e Polónia, tradicionalmente mais atrativos nesta área. A qualidade dos recursos humanos, localização, acessibilidades e estabilidade estão entre alguns dos fatores que colocam Portugal no radar destas organizações.

Um adversário de peso. É assim que Portugal se apresenta ao mundo. Tornou-se num epicentro de turismo, mas também de investimento. Está definitivamente na moda. São muitas as empresas que estão a equacionar instalar em Portugal centros de serviços partilhados, segundo o estudo “Shared Services | A Real Estate Approach”, realizado pela consultora Savills Aguirre Newman. Portugal disputa os primeiros lugares do pódio com vários países europeus. E segue bem posicionado na corrida.

Mas o que são, afinal, centros de serviços partilhados? São estruturas que permitem às empresas otimizar os seus recursos. Através deles é possível centralizar serviços de Recursos Humanos, Contabilidade e Tecnologias, entre outros. A redução de custos, aumento da produtividade, melhoria da qualidade dos serviços e crescimento da empresa apresentam-se como algumas das vantagens destes centros, que também podem ser denominados como centros de excelência.

E o que é que Portugal tem (a mais), que os outros países não têm? Qualidade de recursos humanos (cerca de 40,1% dos estudantes têm conhecimentos de duas ou mais línguas), localização geográfica, acessibilidades, estabilidade (Portugal é o terceiro país mais pacífico do mundo) e um mercado imobiliário muito dinâmico. Estes são alguns dos pontos que jogam a favor de Portugal, de acordo com a consultora. De recordar o exemplo da gigante tecnológica Google, que decidiu trazer para Portugal um centro de serviços (hub tecnológico), promovendo a criação de 500 postos de trabalho.

Lisboa, Porto e Braga são as cidades preferidas

Lisboa, Porto e Braga são as cidades portuguesas com maior número de centros de serviços partilhados. A capital é aquela que concentra o maior espaços: tem mais de 20. Seguem-se o Porto, com mais de 10, e Braga com mais de cinco.

O estudo refere ainda o papel fundamental que cada região tem tido na sua promoção, “através de abordagens que concedem aconselhamento/acolhimento de projetos, apoio às empresas e incentivos, fundos comunitários, apoios à contratação, redução de IMI, entre outros, por meio de programas como o Invest Lisboa, Invest Porto, Invest Braga, Choose Coimbra e Famalicão Made In”, lê-se no documento.

Teresa Cachada, analista do departamento de consultoria da Savills Aguirre Newman, explica que as empresas globais identificam Portugal, cada vez mais, como um país com características atrativas e distintas para posicionar e instalar os seus centros de serviços partilhados. “A qualidade dos nossos Recursos Humanos é um fator de destaque e muito valorizada pelas empresas”, refere. 

A localização estratégica de Portugal, bem como as acessibilidades, estabilidade social e “o forte investimento realizado em infraestruturas também são critérios relevantes e que fazem do país uma opção cada vez mais clara e de destaque para as empresas deste setor”, acrescentou a responsável.

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