
A holding Violas Ferreira vai avançar com um novo projeto imobiliário, na Foz do Douro, destinado a um empreendimento de habitação de segmento médio/alto. Segundo apurou o idealista/news, Tiago Violas Ferreira - que nos últimos dois anos reforçou os investimentos na componente imobiliária, depois de ter vendido a sua posição no BPI, na oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank -, adquiriu um terreno, localizado na Travessa da Igreja de Nevogilde, numa zona perto do Rotunda do Castelo do Queijo e Avenida da Boavista, no Porto.
O empresário confirmou ao idealista/news a operação, que foi concretizada no início do ano. O terreno em causa tem uma capacidade total de construção de 11 mil metros quadrados (m2) e 6,3 mil m3 de implantação, e foi comprado à Oitenta, empresa que ficou com alguns dos ativos do falido Banif.
Tiago Violas antecipa ainda que o novo projeto de habitação será destinado a uma gama média alta de clientes, alegando, no entanto, que neste momento, ainda é cedo para fornecer mais pormenores sobre o futuro empreendimento.
Terreno fica junto à Via Nun’Álvares
O novo projeto de habitação, destinado à gama média/alta, fica localizado na projetada Via Nun’Álvares, um novo arruamento que vai ligar a Praça do Império e o fim da Avenida da Boavista, perto da Rotunda do Castelo do Queijo.
A concretização deste projeto urbanístico está a ser de novo impulsionado com a revisão do PDM (Plano Diretor Municipal), que está a ser levada a cabo pela Câmara do Porto.
Refira-se que o avanço dos vários projetos imobiliários em fase de licenciamento para a Via Nun´Álvares - o novo PDM vai permitir a construção, entre prédios e moradias unifamiliares, de 200 mil m2 de novas áreas habitacionais – vão dar um grande impulso a esta zona, alavancando o avanço dos novos projetos.
Holding soma ativos de 30 milhões de euros
Tiago Ferreira destaca que a promoção do novo projeto poderá, contudo, demorar mais alguns meses, tendo em conta que, neste momento, está a desenvolver dois empreendimentos imobiliários de grande dimensão, ambos no Porto.
Em causa está o Porto Office Park – POP como já é conhecido no mercado -, um projeto de escritórios, com 31.400 m2 de área bruta de construção, perto da Rotunda da Boavista, num investimento de 100 milhões de euros e conclusão prevista para meados de 2019.
E também a promoção do edifício Pharmacia, que resulta da reabilitação do edifício da antiga Faculdade de Farmácia, em Cedofeita, destinado a habitação de segmento alto de clientes.
A Holding Violas Ferreira tem outros ativos espalhados por Lisboa e Porto, como é o caso do Edifício da Bolsa, no Porto, neste momento ocupado quase na íntegra pelo grupo Euronext, e avaliados em 30 milhões de euros.
Edifício Pharmacia em início de obras

Tiago Ferreira confirma o avanço das obras do edifício Pharmacia, prevendo-se que a conclusão seja em finais de 2020.
O projeto imobiliário foi comprado à Habitat Invest e Ferreira, numa altura em que os dois grupos acertaram o fim da parceria para o mercado do Porto.
Tiago Violas Ferreira confidenciou, em público, recentemente que a compra surgiu depois de ter mostrado o projeto a um fundo imobiliário, interessado em investir no Norte, uma intenção que acabou por não se concretizar. “Ficamos tão apaixonados pelo projeto que fizemos uma proposta de compra”.
O projeto do edifício Pharmacia inclui também a construção de um edifício novo nas traseiras do edifício principal – que pertencia à Universidade do Porto – e tem prevista a construção de 44 apartamentos, com uma área média de 140 m2.
Com um novo projeto de arquitetura “que ainda não está fechado”, da autoria de Morais Soares, o empresário destaca que esta oferta residencial será para colocar num segmento alto de clientes.
“As manifestações que nos têm chegado, tanto de nacionais, como de estrangeiros, vão neste sentido”, destaca.
Nesta altura estão ainda a selecionar as empresas de mediação que serão responsáveis pela comercialização, sendo que em breve serão conhecidos os preços e os pormenores em relação às tipologias.
POP já tem potenciais interessados
Em relação ao Porto Office Park, Tiago Ferreira destaca o interesse demonstrado por vários ocupantes, embora alerte que a comercialização ainda se encontra a fase inicial e para o facto de ainda não ter operações fechadas.
“Começamos com a pré-comercialização no início de setembro e tínhamos uma carteira de clientes interessados em áreas de dois mil m2”, destaca.
Acrescenta, “acho que vamos conseguir ter três a quatro ocupantes por torre”. Os preços de arrendamento andam entre os 16 e os 18 euros o m2, que é assegurada por um conjunto de consultoras, como é o caso da C&W,CBRE, JLL e Predibisa.

O projeto inclui duas torres de escritórios, com cerca de 15.544 m2 acima do solo (RC+8 pisos) e 590 lugares estacionamento em cave, bem como restaurante, ginásio e três campos de padel, que se desenvolvem em três edifícios de pequenas dimensões.
Terá ainda um auditório de 150 lugares e uma ou duas cafetarias, nos edifícios principais. O projeto exclusivamente para escritórios, tem uma área por piso de 1850 m2, que atualmente não se encontram com facilidade no Porto.
O projeto de arquitetura é do gabinete Broadway Malyan, e a construção está a ser executada pela Mota-Engil.
O empreendimento de escritórios ocupa as antigas instalações dos STCP, no quarteirão delimitado pela Avenida Sidónio Pais e ruas João Araújo Correia, Tenente Valadim e Pedro Hispano, tendo o terreno sido comprado à Empril.
Para poder comentar deves entrar na tua conta