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(Con)viver em casas partilhadas está a despertar o apetite dos investidores
Old Oak, um co-living em Londres que integra o The Collective www.thecollective.com

Depois do co-working, o co-living – uma nova forma de (con)viver, com raízes na economia da partilha. Uma verdadeira co-revolution decidida a instalar-se, também, em Portugal. Os projetos florescem e aguçam o apetite dos investidores, que lhe reconhecem grande potencial. “O co-living ainda não é uma forte realidade, mas vai ser”, garante Maria Empis, Head Of Strategic Consultancy & Research da consultora JLL, ao idealista/news.

O co-living poderá ser um dos conceitos e palavras mais repetidos em 2019. Assume-se como peça chave para o futuro do mercado imobiliário residencial, e nova fórmula capaz de dar resposta rápida à procura e necessidades da população. Se o co-working já é uma realidade em território nacional, o co-living surge como novo membro da família pronto para atrair mais investidores.

Maria Empis diz existirem “vários investidores interessados neste tipo de produto em Portugal”, e adianta a chegada de um projeto de co-living com 100 unidades (na prática 100 quartos ou minicasas) ao mercado da capital – para o Porto também há propostas em cima da mesa, mas nada em concreto que possa ser revelado, segundo a própria. A responsável acredita, ainda assim, que o projeto de Lisboa vai ser “apresentado e colocado em comercialização já este ano”.

O que é o co-living?

Na prática, e numa linguagem simples, co-living significa partilhar casa com vários serviços e ‘commodities’ incluídos – pode ser também uma forma de resolver os problemas atuais do arrendamento nas várias cidades à escala mundial. Quem aposta neste conceito procura criar espaços criativos, inspiradores, que apelam à partilha sem esquecer as necessidades de privacidade, concentrando uma grande parte do investimento na experiência e no sentido de vivência em comunidade.

O conceito não é novo por exemplo em Londres, onde o The Collective já faz sucesso. Falamos de edifícios compostos por pequenos estúdios ou suites (com quarto, uma pequena kitchenette e sala pequena) onde as pessoas podem viver e ter a sua privacidade, aos quais se aliam os espaços comuns, desde salas de estar, salas de jantar, espaços de trabalho, ginásio, cinema, cozinha partilhada, espaços ao ar livre, lavandaria, entre outros. E outro detalhe que os caracteriza: todas as despesas estão incluídas no preço final a pagar.

(Con)viver em casas partilhadas está a despertar o apetite dos investidores
Um dos estúdios do The Collective, em Londres www.thecollective.com

Em Portugal há projetos a começar a florescer. O samesame é um espaço recente que acabou de nascer em Lisboa, na Mouraria, e que se apresenta como um co-living criativo, onde se pode viver mas também trabalhar (tem um espaço de co-working) – aceitam-se estadias mínimas de um mês e com um máximo de seis meses, segundo a New in Town (NIT).

Os millennials, por sua vez, são o típico público alvo deste modelo (ainda que não sejam os únicos), por várias razões. “Dada a mobilidade e os diferentes estilos de vida dos dias de hoje, eu diria que estes espaços não são feitos exclusivamente para os millennials, mas que são eles que estão na idade certa para usufruir deles”, frisa Maria Empis.

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