4 novas residências universitárias: U.hub (de Jaime Antunes) investe 60 milhões em Lisboa e Porto

Investir em alojamento de estudantes parece ser cada vez mais uma tendência de mercado, com os projetos a multiplicarem-se à velocidade da luz. Que o diga o grupo Uhub Investments (U.hub), em que pontificam os empresários Jaime Antunes e Hugo Gonçalves Pereira e a gestora de ativos Atrium, que vai investir 60 milhões de euros na construção de quatro residências universitárias em Lisboa e no Porto.

O objetivo é que a rede U.hub seja líder no segmento das residências para estudantes em 2021, tendo mais de 1.700 quartos e suites, segundo o Expresso.

Três anos depois de testar o produto e o mercado através da reabilitação de três edifícios no centro de Lisboa (138 quartos) – e de instalar a plataforma tecnológica de suporte –, o grupo U.hub vai agora voltar a apostar no negócio das residências universitárias. 

Para financiar a expansão, os fundadores do U.hub alargaram a base acionista para 20 investidores e reforçaram os capitais próprios para cerca de 30 milhões de euros. E avançaram com a primeira ronda de investimentos de raiz: um projeto em Benfica, perto do Centro Comercial Colombo, e outro no Porto, no polo universitário da Asprela. A residência da Asprela é de maior dimensão, batendo a de Benfica: 456 contra 350 quartos.

Obras em marcha para chegar a quase 2 mil quartos

Fonte do grupo promotor disse, citada pela publicação, que a empresa está otimista para os futuros projetos e que “a meta é tornar a marca U.Hub Student Residences líder do mercado português”. “[Trata-se de um negócio] de capital intensivo e um período longo de retorno”, acrescentou.

As obras em Lisboa, a cargo da construtora Alves Ribeiro, já arrancaram em março enquanto as do Porto avançam para a semana, sendo que estão a cargo da Gabriel Couto. Em média, cada residência envolve 15 milhões, embora a empreitada da Asprela seja de maior dimensão. 

A segunda ronda de investimento da U.Hub voltará a distribuir-se pela capital e pela Invicta. O projeto de Lisboa já está aprovado e acolherá, na zona do Lumiar, 500 quartos, escreve o Expresso, adiantando que a dimensão da segunda residência do Porto, na zona de Cedofeita, não está definida.

Certo é que no fim do programa, em 2021, a rede U.hub ficará com mais de 700 quartos no Porto e perto de 1.000 em Lisboa.

O que é a U.Hub?

“A U.hub nasce da experiência de vida de dois empresários que sempre sentiram a necessidade de ter uma boa experiência ao se hospedar no estrangeiro”, lê-se no site da empresa.

De acordo com a U.hub, a rede pretende oferecer comodidade, qualidade de serviço e um ambiente jovem, oferecendo “um serviço com tudo incluído, desde as áreas comuns de estudo e lazer, ao serviço de limpeza semanal”. 

Nas residências em operação (Picoas, Praça de Alvalade e Alameda Afonso Henriques) a renda mensal varia entre os 420 euros, num ‘good room’ na Alameda, e os 715 euros, num ‘boss studio’ em Picoas, escreve o Expresso.

De referir que a primeira experiência da empresa (residência Alameda, com 32 unidades) resultou de uma concessão por 15 anos com uma associação do Instituto Superior Técnico, abrindo depois em Alvalade e Picoas. Neste último caso, reabilitou um edifício desocupado da Segurança Social. O investimento deste ciclo fora de 5 milhões de euros.