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Polémica torre da Portugália perde 11 metros (passa a ter 49)
Projeto inicial do Portugália Plaza previa a construção de uma torre com 60 metros Facebook Stop Torre 60m Portugália

O projeto para o quarteirão da Cervejaria Portugália, na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foi reformulado. Em causa está a polémica construção de uma torre de 60 metros, que agora terá 49 metros e uma localização mais interior em relação ao que estava inicialmente projetado.

Apesar do decréscimo de 11 metros, a torre perde apenas três andares, dado que foi diminuída a altura dos pisos. Por outro lado, um dos edifícios complementares, o que está encostado à cervejaria Portugália, ganha um andar, escreve o Diário de Notícias. 

Já a praça interior, que permitirá o atravessamento público da Avenida Almirante Reis para a Rua António Pedro, nas traseiras do quarteirão, não sofre alterações significativas. 

Segundo a publicação, que cita fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa (CML), a reformulação deve-se à necessidade de “ir ao encontro do que tem sido o debate público” em torno do projeto para Almirante Reis, que esteve em consulta pública no mês passado.

“Elencámos um conjunto de assuntos que deviam ser revistos neste processo e, na sequência dessa comunicação, foi entregue um projeto com alterações”, disse Eduardo Campelo, arquiteto e diretor do departamento de Projetos Estruturantes.

De referir que o plano reformulado ainda terá de passar pelo crivo dos serviços técnicos da CML, que podem pedir novos ajustamentos, para depois ser submetido à apreciação política do executivo camarário.

De acordo com Eduardo Campelo, apesar da torre ficar mais pequena, o Portugália Plaza continuará a ser o edifício de maior envergadura da Avenida Almirante Reis, onde atualmente os prédios mais altos têm pouco mais de 20 metros: “Fica claramente dentro do perfil do sistema de vistas, do ‘skyline’ da cidade naquele ponto”.

O Portugália Plaza é um projeto imobiliário de natureza sobretudo habitacional, que pretende criar 85 novos apartamentos na Almirante Reis, num terreno atualmente abandonado, onde se veem ainda as ruínas da antiga fábrica da cerveja.

O projeto inicial previa a construção de cinco fogos T0, 44 fogos T1, 17 fogos T2, 17 fogos T3 e dois T4. Além da habitação, estão também projetados 16 escritórios e espaços de cowork, além de uma zona comercial no piso térreo, que rodeia duas praças interiores. A obra tem um custo estimado de 40 milhões de euros.

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2 Comentários:

jr.p
9 Julho 2019, 15:12

Projeto horrivel. Descatacterizando imenso uma área da cidade. Se calhar é melhir cortar o projeto inteiro.

Teresa Feijó
17 Julho 2019, 12:24

Penso que a redução em altura torna todo o projecto mais aceitável e aí congratulo a nossa CML ter auscultado e aceite a opinião pública.
No entanto continuo a achar estes monstros geométricos no centro da cidade uma descaracteização da mesma com respeito ao estilo arquitéctónico existente.
Num país de sol como o nosso não se devia deixar construir prédios sem largos terrassos e varandas, para se puder desfrutar do exterior e estes com componentes ajardinados, dando aquele ar de frescura e de verde.
A Avenida Almirante Reis tem circulação rodoviária e pedonal intensa e tudo o que possa alegrar e criar melhor atmosfera em termos de O2, seria de privilegiar. Na minha modesta opinião este complexo ainda poderá melhorar muito a estética da zona, se a equipa da CML for atenta a mais pormenores de enquadramento naquela zona.

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