Na pandemia, a quebra de clientes universitários tem sido compensada com uma maior procura de clientes em teletrabalho.
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Coliving ganha força com a Covid-19: Smart Studios investe 130 milhões em quatro projetos
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Num contexto de incerteza económica, o segmento das residências para estudantes e jovens profissionais mostra-se resiliente aos efeitos da Covid-19. A Smart Studios, empresa lusa especializada nesta área do imobiliário alternativo, está prestes a arrancar com um plano de investimento superior a 130 milhões de euros, a realizar nos próximos três anos em Portugal. Na pandemia, a quebra de clientes universitários tem sido compensada com uma maior procura de clientes em teletrabalho.

A Smart Studios tem atualmente dez empreendimentos em operação - nove em Lisboa e um em Coimbra -, num total de 630 apartamentos, sendo que 470 estão arrendados. E Vera Kendall, administradora da Smart Studios, citada pelo Dinheiro Vivo, sublinha que as taxas de ocupação comprovam a resiliência do negócio de coliving.

Efeitos da pandemia no negócio

O ano de 2020 e o confinamento da primavera obrigaram a empresa a adaptar o negócio à nova realidade. Vera Kendall confirma que o encerramento das universidades levou a uma diminuição do número de estudantes alojados nas unidades Smart Studios, mas essa redução acabou por ser compensada por profissionais que optaram por ficar nos empreendimentos da rede em regime de teletrabalho.

"O coliving acaba por ser a solução ideal para esta nova realidade. Os nossos residentes têm a opção de trabalhar sozinhos nos seus estúdios com secretária, wi-fi, wc privados e kitchenette de forma a não terem de sair de casa, mas também contamos com amplas salas de estudo que permitem a utilização, garantindo as devidas distâncias de segurança", aponta a responsável citada pelo DV.

A confiança neste produto imobiliário, também para estes tempos de pandemia, não travou os investimentos em curso e, no ano passado, entraram em operação mais dois projetos Smart Studios em Lisboa, num investimento superior a 22 milhões de euros.

Em Carcavelos, foi inaugurado em junho de 2020 um edifício com 301 apartamentos, divididos entre estúdios e T1, com terraços com vista para o mar, várias zonas comuns para estudar e trabalhar, salas de jantar, estacionamento e hortas comunitárias. Já em setembro, abriu o empreendimento Santa Apolónia, com 114 apartamentos, terraço com vista para o rio e piscina, a que se soma a disponibilização de diversos espaços comuns. 

Novos projetos na calha

Dentro de dois meses, a empresa tem previsto começar com a construção do projeto de coliving na Asprela, um dos principais polos universitários do Porto. Com 280 apartamentos para arrendar, entre estúdios e T1, e áreas como salas de reunião, de estudo, de jantar, zonas de lounge, ginásio e um espaço para a prática de fitness e yoga, o empreendimento deverá estar operacional em julho de 2022.

Em cima da mesa tem a construção do projeto da Alta de Lisboa. Esta unidade, com a inauguração está prevista para 2023, será dividida em dois edifícios, com arquiteturas distintas para responder aos diferentes tipos de clientes, e contará com 637 estúdios e T1, salas de estudo, de coworking, de cinema e de restauração, e estacionamento para carros e bicicletas. 

Para os próximos três anos, estão ainda os projetos para o Areeiro e o Príncipe Real, em Lisboa. Mais recentemente, a empresa ganhou um concurso público da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril para a exploração de uma residência de estudantes neste campus universitário e adquiriu um terreno na Ajuda, em Lisboa, onde irá construir um novo edifício com cerca de 290 alojamentos.

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