A Vilamoura World (Lusotur) foi comprada à norte-americana Lone Star por um grupo de investidores portugueses, liderado por João Brion Sanches. Em causa está um negócio que supera os 100 milhões de euros, segundo apurou o idealista/news, e que representa um co-investimento entre este grupo de investidores nacionais e o fundo de investimento da Arrow Global, que detém em Portugal a Norfin e a Whitestar Asset Solutions.
“A operação, junto dos investidores, foi apoiada pela Norfin, que assume também funções de consultoria na gestão futura de Vilamoura”, lê-se num comunicado a que o idealista/news teve acesso.
Citado na nota, João Brion Sanches, que será o novo CEO da Vilamoura World, explica que “ninguém é verdadeiramente dono de Vilamoura”. “Este grupo de investidores pretende ser o guardião deste património, orientá-lo e cuidar bem dele para as próximas gerações. Temos uma visão de médio/longo prazo para a região, que passa pelo desenvolvimento de um produto sustentável e de qualidade, de forma a poder afirmar-se como o melhor destino do Algarve para viver, investir e passar férias, tanto para nacionais como para estrangeiros”, acrescenta.
Segundo se lê no documento, a gestão portuguesa da Vilamoura World, que gere a marina, o centro equestre, o parque ambiental e o núcleo museológico do Cerro da Vila, vai desenvolver o projeto de expansão já aprovado pelas autoridades nacionais.
“Este é um projeto muito importante para nós e que representa um investimento essencial para o Algarve, numa altura em que o país e a economia ainda tentam recuperar dos fortes impactos provocados pela pandemia”, acrescenta Francisco Sottomayor, CEO da Norfin.
De referir que o negócio inclui a aquisição da marina de Vilamoura, com 825 postos de amarração, um estaleiro totalmente equipado e um centro de treino profissional de vela, e do centro equestre, com quatro arenas, das quais três em areia e uma em relva e com capacidade para receber em permanência 870 cavalos em boxes individuais.
Os novos proprietários ficam ainda na posse de um parque ambiental com 200 hectares de área protegida e que será totalmente reabilitado, bem como do núcleo museológico do Cerro da Vila, que integra 5.000 anos de história, com especial incidência para a ocupação romana da Península Ibérica.
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