Objetivo desta terra espanhola é aproveitar energias renováveis para uso público 24 h/dia, sem fontes convencionais e poluentes.
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Aras de los Olmos: uma aldeia que quer enfrentar as alterações climáticas
Aras de los Olmos Pelayo2 CC-BY-SA-3.0 via Wikimedia Commons

Tem apenas 380 habitantes e quer estar na linha de frente de batalha contra as alterações climáticas. Estamos a falar de Aras de los Olmos, um município de Espanha, na província de Valência, que vai dar início a um ambicioso projeto de fornecimento de energia renovável 24 horas por dia, que inclui uma inovadora usina de biogás para aproveitar dejetos de suínos e restos agrícolas. O objetivo é simples: ser autossuficiente.

O objetivo da autarquia, tal como explica o El País, que avança a notícia, é ter um parque fotovoltaico, uma turbina eólica, uma instalação micro-hidráulica e uma inovadora central de biogás que se alimentará de dejetos suínos, estrume e restos agrícolas.

Com o lixo, os campos serão fertilizados, e com o excesso de água far-se-á a rega. Aras de los Olmos quer ter e viver de energia limpa, sendo conhecida, aliás, pelo seu céu e por ser uma das povoações menos poluídas da Península, tendo atraído a instalação a 1.300 metros de altitude de vários observatórios astronómicos.

Projeto conta com orçamento de quatro milhões

Segundo o jornal espanhol, o projeto já recebeu meio milhão de euros do Ministério para a Transição Ecológica. O orçamento total é de quatro milhões, com os quais se pretende implantar “a estrutura necessária para garantir o abastecimento em períodos sem sol e vento”,  explica o presidente, Rafa Giménez. O plano apresentado cumpre os critérios para receber fundos europeus, nomeadamente ajuda para a transição ecológica e contra o despovoamento.

“A nossa intenção é valorizar os recursos do município, como o sol, vento, água, biomassa, resíduos animais e vegetais. Todo este conjunto levou-nos a perguntar à Universidade Politécnica de Valência se era viável realizar um projeto global”, adianta o autarca.

O professor de Engenharia Elétrica do Politécnica, Carlos Roldán, foi o responsável pelo desenho deste projeto-piloto que agora dirige. A sua maior singularidade, diz, está “no aproveitamento municipal das energias renováveis para uso público 24 horas por dia", sem recorrer à energia convencional e poluente. O objetivo da usina de biogás é "cobrir as horas que faltam de outras energias", explica Roldán.

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