Onde investir as poupanças para rentabilizá-las? Num momento em que os depósitos apresentam taxas praticamente nulas, apostar nos certificados do tesouro é uma das opções existentes no mercado financeiro. Implica comprar títulos de dívida pública e ter remunerações interessantes ao longo de dez anos. E agora há um novo produto financeiro que vem substituir os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento: o Governo de António Costa criou os Certificados do Tesouro Poupança Valor com taxas de juro que se aproximam às "atuais condições de financiamento da República”. O que muda afinal no mercado? O idealista/news explica tudo neste guia.
O que são os Certificados do Tesouro Poupança Valor?
Os Certificados do Tesouro Poupança Valor (CTPV) são um instrumento de poupança que permite o acesso a dívida pública por parte dos cidadãos, com taxa fixa garantida. Foi criado, na passada sexta-feira, dia 10 de setembro, segundo anunciou o Governo de António Costa em comunicado do Conselho de Ministros.
Porque foram criados?
Para aproximar as características do certificado do tesouro às atuais condições de financiamento da República, segundo referiu o Governo no mesmo comunicado. Note-se que este produto foi criado com o intuito de substituir os anteriores Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), cujas novas subscrições ficam suspensas. Desta forma, será possível “continuar a ser assegurada uma gestão adequada e prudente da dívida pública portuguesa”, disse fonte do Ministério das Finanças à Lusa.
Quando podem ser subscritos?
A subscrição de Certificados do Tesouro Poupança Valor arrancou esta segunda-feira, dia 13 de setembro de 2021. E podem ser subscritas num prazo de sete anos, segundo a Resolução do Conselho de Ministros n.º 131-B/2021.
Quais as taxas de juros associadas?
O CTPV tem taxas de juro fixas para cada ano de aplicação, segundo a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública de Portugal- IGCP:
1.º ano - 0,70%
2.º ano - 0,70%
3.º ano - 0,80%
4.º ano - 0,90%
5.º ano - 1,00%
6.º ano - 1,30%
7.º ano - 1,60%
Note-se que a taxa de juro a partir do terceiro ano é acrescida de um prémio, em função do crescimento médio real do Produto Interno Bruto (PIB).
Quais os valores mínimos e máximos para investir?
O valor mínimo de subscrição corresponde a 1.000 unidades e máximo 1.000.000 unidades. Note-se que o valor nominal de cada unidade corresponde a um euro.
Posso retirar o capital investido antes do prazo?
Sim, mas só é possível após um ano da data da subscrição. “Decorrido o primeiro ano, poderão ser efetuados resgates, em qualquer momento do tempo, acarretando a perda total dos juros decorridos, desde o último vencimento de juros até à data de resgate”, lê-se na mesma resolução do Conselho de Ministros.
O que muda face aos outros certificados?
A taxa fixa de remuneração aos particulares, que agora é bem mais baixa. Ora vê as diferenças nas taxas de juros dos dois tipos de certificados do tesouro:
Também há diferenças nos prémios. Agora, o prémio está limitado a 1,5% em cada ano, o que tem implícito um crescimento real do PIB de 7,5%. Já nos anteriores certificados, o prémio correspondia a 40% da variação do PIB real e o limite era de 1,2%, a que correspondia um crescimento real do PIB de 3%, escreve o Jornal de Negócios.
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