O contexto económico atual está repleto de desafios e incertezas, mas se há setor que tem dados boa resposta em momentos de crise é o imobiliário. E há alguns indicadores que mostram que o negócio imobiliário, nomeadamente o da promoção, está de boa saúde. Na Área Metropolitana do Porto (AMP), por exemplo, foram vendidos dois edifícios, o Via Gaia e o Júlio Dinis, que passaram a estar nas mãos do grupo israelita Fortera e da Horizonte Urbano Group. Serão os dois renovados, sendo que o primeiro será de escritórios e o segundo residencial.
A informação é revelada pela CBRE, em comunicado, adiantando que atuou nas transações em representação dos proprietários e da Sociedade Gestora Interfundos. O valor dos negócios não é, no entanto, revelado.
O edifício Via Gaia localiza-se numa zona central da cidade de Gaia, perto da Ponte da Arrábida e da rotunda VL8, e tem uma área superior a 7.000 metros quadrados (m2), tendo sido comprado pelo Grupo Fortera, que está muito ativo na região Norte do país.
“Estamos a projetar uma remodelação que posicionará este edifício como um dos melhores escritórios em Gaia. Oferecerá todas as amenidades aos inquilinos, como rooftop com vista para o Douro, ginásio, restaurantes e amplos espaços de trabalho. Esta será ainda, no futuro, a nova sede da Fortera”, refere Elad Dror, CEO do Grupo Fortera, citado na nota.
Investidores atentos a negócios no Grande Porto
Relativamente ao edifício Júlio Dinis, localiza-se no centro do Porto, perto da rotunda da Boavista e do Palácio de Cristal, e tem 4.800 m2. Trata-se de um edifício de escritórios que será remodelado e convertido em residencial.
“Esta é mais uma importante aquisição para o nosso portfolio e será sem margem para dúvidas um projeto residencial de referência no centro da cidade. Vamos desenvolver um empreendimento de grande qualidade, flexível e perfeitamente adaptado às novas tendências do setor”, comenta Nuno Esteves, CEO da Horizonte Urbano Group.
Também citado no documento, Miguel Alvim, Head of Development Properties da CBRE Portugal, considera que a AMP “tem gerado crescente interesse em diferentes perfis de investidores, tanto privados como institucionais, nacionais e internacionais”. “Estas duas transações vêm comprovar a forte dinâmica que se vive no mercado de escritórios e residencial, com especial foco em ativos para reposicionar. É previsível que toda a AMP continue a ganhar relevância no panorama nacional nos próximos meses, com várias outras transações em fase de conclusão”, conclui.
Para poder comentar deves entrar na tua conta