Na aldeia do Lousal, que tem apenas 300 eleitores, a maioria dos terrenos está na posse do Grupo Sapec, que foi criado em 1926 para explorar as minas de pirite do Lousal, em Grândola (Setúbal). A empresa planeia a construir, nos mesmos, um grande empreendimento.
Segundo o Expresso, o projeto Essência, como se chamará, prevê a construção de 800 a 1.200 moradias, para atrair 1.500 a 2.000 seniores, uma “comunidade de adultos ativos”. Em causa está uma área de 222 hectares, com 89.000 metros quadrados (m2) de nova construção, abrangendo os concelhos de Grândola e Santiago do Cacém.
Citado pela publicação, Luís Fernando Cruz, diretor-geral da Sapec, pouco adiantou sobre o futuro empreendimento, revelando apenas que não será de luxo, como os que estão a nascer em Grândola, mas sim de habitação sustentável destinada à classe média.
Nos tempos áureos do Lousal, saíam da mina 1.200 toneladas de pirite por dia, sendo que chegaram a trabalhar 1.500 pessoas na mina, situada a 26 quilómetros de Grândola.
“A pirite alentejana era escolhida, quebrada, moída e seguia nos vagões para a Sapec. Entrava em fornos a 800 graus para a ustulação, processo de tiragem do enxofre, que se fundia. Com água, o enxofre dá origem ao ácido sulfúrico, e o ácido sulfúrico com a fosforite, que vinha de Marrocos, dá origem aos adubos superfosfatados orgânicos, os fertilizantes. E é essa a importância do Lousal”, explicou Paula Lobo, uma das monitoras do Centro de Ciência Viva do Lousal, em declarações ao semanário.
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