
Os fundos de investimento imobiliário em Portugal atingiram uma rentabilidade média histórica de 35,1% entre novembro de 2023 e novembro de 2024, segundo dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).
Este desempenho é atribuído ao aumento da procura por imóveis, ao descongelamento do limite das rendas e à conclusão de negócios estratégicos, segundo avança o Jornal Expresso, que teve acesso aos dados.
Destacam-se os fundos fechados de desenvolvimento, como o Oceanico III, gerido pela Interfundos (Millennium BCP), que registou uma taxa de retorno de 2628,72% graças à venda de ativos com grandes mais-valias. Outro exemplo de sucesso foi o Aliança Atlântica Ativos, da Lynx Asset Managers, com uma rendibilidade de 327,8% e uma carteira avaliada em 16 milhões de euros.
Este desempenho recorde, segundo Frederico Arruda Moreira, da APFIPP, deve-se à conclusão de projetos imobiliários e à forte procura pelos ativos.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) aponta também para outro recorde: os 284 fundos imobiliários nacionais alcançaram um volume de ativos sob gestão de 15,9 mil milhões de euros em novembro, um aumento de 9,84% face a 2023. Este ritmo de crescimento é quase sete vezes superior ao da zona euro, que registou uma subida de apenas 1,45% até outubro, de acordo com dados do Banco Central Europeu.
Os fundos nacionais, que concentram a maior parte do seu investimento em imóveis de serviços (36,7%), comércio (29,7%) e habitação (14,8%), consolidam assim a sua posição num mercado em franca valorização. Este é o terceiro ano consecutivo em que Portugal supera a média europeia, após uma década de crescimento inferior ao resto da região.
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