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Um girassol inteligente que gera (de maneira simples e barata) toda a energia de que precisa a tua casa
idealista/news

Além de ter uma cor e harmonia que, desde há séculos, chamam a atenção de artistas e fotógrafos, os girassóis são as plantas que melhor aproveitam os seus recursos para crescer até, em alguns casos, mais de três metros de altura. Foi, exatamente, esta sabedoria natural que aproveitou a empresa austríaca Smartflower para criar um painél solar móvel que persegue o sol para gerar, de maneira limpa e barata, toda a energia de que necessita a tua casa.

"Inspirámo-nos na natureza. Praticamente, nenhuma outra planta aproveita tanto a energia solar como o girassol", assegura Alexander Swatek, fundador da Smartflower, uma companhia que dedicou quatro anos a desenvolver um produto que aproxima da realidade a utopia de que cada casa produza a sua própria energia sem depender das elétricas.

Num país como Portugal, o sistema Smartflower POP pode gerar desde 3.500 Kwh/ano na zona norte do país até 5.500 Kwh/ano nas zonas com mais sol, o que daria para alimentar um lar, uma vez que o gasto anual de uma família ronda os 4.000/4.500 Kwh/ano.

"A nossa meta consiste em tornar possível que sejam cada vez mais as pessoas que possam gerar a sua própria energia limpa para o autoconsumo da sua casa, empresa ou condomínio", explica Swatek.

Uma promessa de futuro

Julián Matilla, responsável da Smartflower na Península Ibérica aponta que a situação ideal existirá quando se consiga que qualquer consumidor (particulares, empresas, escolas...) possa injetar no sistema elétrico nacional todo o excedente de energia e a rede elétrica pague o mesmo preço que custa a energia a esse autoprodutor, quando tem que comprar porque não gera energia suficiente.

Ou seja, os pontos de consumo que tenham um sistema de produção solar como o da Smartflower ou semelhantes possam vender a energia que sobra à rede geral ao mesmo preço que lhes custe comprar quado a necessitem.

Em Portugal esta situação é mais vantajosa do que em Espanha, por exemplo. No mercado nacional é paga uma tarifa equivalente ao preço de mercado, menos 10%.

Uma questão de espaço

Ao contrário dos tradicionais painéis solares, as caraterísticas deste girassol fazem com que não seja apto para todo o tipo de casas e edifícios. 

Para a sua instalação, que segundo os seus fabricantes é tão simples que demora apenas uma hora, é necessário um espaço de 25 m2, sendo que fechado o Smartflower ocupa 2,6 m de altura e 1,4 m de largura, enquanto aberto a sua altura é de 2,9 m e a sua largura alcança os 4,7 m.

Além disso, o seu peso de quase uma tonelada faz com que seja inviável a sua instalação em muitos telhados e varadas de edifícios.

Uma das suas grandes vantagens é a mobilidade. Se por qualquer motivo se muda de casa, simplesmente solta-se o sistema do solo e pode transportar-se para outro sítio sem demasiadas complicações.

Desenho e inovação inteligente

O inovador desenho da Smartflower é sem dúvida uma das suas grandes virtudes. O dispositivo está disponível até oito cores diferentes e tem a forma de um girassol que se move para utilizar apenas uma das partes dos painéis. Se o vento superar os 63 km/h fecha-se por completo para garantir a máxima segurança. Além disso, conta com sistemas de limpeza automática e refrigeração.

Enquanto os painéis solares nos telhados ao sobreaquecerem geram até menos 10% de energia, o Smartflower tem um sistema de ventilação que evita este problema. O sistema de sensores também permite detetar neve, areia ou pó nos painéis e limpá-lo, de forma a que não estrague nem reduza a produção energética durante os seus 25 anos de vida útil.

Em Portugal a partir de setembro

A empresa austríaca acaba de arrancar com a operação na vizinha e vai arrancar em Portugal em meados de setembro, com a sua apresentação è imprensa e procura de distribuidores em Lisboa.

"Portugal, juntamente com Espanha, é um país com muito potencial", considera Matilla revelando ao idealista/news que "há um mês estive em Lisboa a conhecer alguns distribuidores e a nossa expetativa é muito grande".

Portugal, ao contrário de Espanha, tem uma "legislação mais favorável às energias renováveis", considera Matilla, estando por isso "seguro de que o produto será muito bem recebido".

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