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Famílias podem manter fornecedor da luz de mercado livre com preço regulado
GTRES

Uma família que opte por regressar ao mercado regulado de eletricidade pode manter o fornecedor em mercado livre, mas com a tarifa definida anualmente pelo regulador. Em causa está uma proposta de portaria do Governo, que prevê ainda que as faturas em mercado livre passem a ter a diferença de preço face ao mercado regulado.

Segundo a Lusa, o diploma da secretaria de Estado da Energia, que dá seguimento a uma proposta do PCP aprovada no parlamento, permite que os fornecedores a operar no mercado livre possam manter os clientes, com as tarifas praticadas no mercado regulado: “Os comercializadores em regime de mercado que pretendam dispor [do regime equiparado ao regulado] devem disponibilizar informação pública dessas condições, [que] devem ser identificadas autonomamente e denominadas ‘Condições de preço regulado’”.

Depois da solicitação de um cliente, a empresa terá “dois dias úteis” para responder, por escrito, à pretensão do cliente, lê-se na proposta agora enviada ao regulador do setor.

Se os fornecedores recusarem a aplicação do regime de preços regulado, o cliente pode celebrar contrato com o comercializador de último recurso, “estando essa cessão isenta de quaisquer ónus ou encargos para o cliente”.

Para os consumidores poderem comparar as tarifas, as faturas de eletricidade das famílias em mercado livre vão passar a ter a diferença de valor entre o preço praticado face ao que seria cobrado com tarifa regulada, segundo a mesma proposta.

“Nas faturas, enviadas aos consumidores pelos comercializadores em regime de mercado, deve ser colocado, em local visível e de forma inequívoca, o valor da diferença entre o preço praticado em regime de mercado e na tarifa regulada”, refere o artigo 5º da proposta de portaria.

De acordo com a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o mercado livre de eletricidade registava em maio cerca de 4,85 milhões de clientes, mais 6,8% que no mesmo mês do ano passado. O consumo dos clientes no mercado livre representava em maio cerca de 92,4% do consumo total de Portugal continental.

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