A greve vai já no seu 11º dia e o braço de ferro entre "barrenderos" (varredores) e Ana Botella, a presidente da Câmara Municipal de Madrid, parece não ter ainda fim à vista. Os trabalhadores protestam contra o despedimento de mais de 1.000 funcionários e um cortes nos salários que pode ir até 40%. A autarquia não quer negociar. E neste impasse, a cidade vai-se vestindo de lixo.
Ana Botella deu na quarta-feira 48 horas aos varredores para terminarem a greve e voltarem ao trabalho mas, até agora, este ultimato parece não ter surtido qualquer efeito. A autarquia da capital espanhola está já, por isso, a pôr em prática o seu "plano b" iniciando negociações com uma outra empresa pública que assegure os "serviços mínimos" para que as ruas de Madrid comecem já este sábado a ser limpas, conta o diário espanhol El Mundo.
Esta quinta-feira, na Gran Via, uma das ruas mais emblemáticas da cidade, um grupo de quatro varredores, escoltados pela polícia, "furava a greve" cumprindo serviços mínimos que, dado o estado de sujidade da cidade, pouco ou nada adiantavam.
Os comerciantes vão fazendo o que podem para manter, pelo menos, o passeio em frente às suas lojas limpo, mas os sacos, as latas, garrafas e restos de comida acumulam-se de dia para dia à volta dos caixotes que há 11 dias ninguém recolhe.
A cidade está imunda. Madrid transformou-se numa lixeira.
Notícias relacionadas:
O que dizem os turistas sobre o lixo nas ruas de Madrid (vídeo)
O que dizem os jornais internacionais sobre o lixo nas ruas da capital espanhola (fotos)
2 Comentários:
que nojo
é a crise amigos , é a crise....
Para poder comentar deves entrar na tua conta