Um novo escândalo acaba de rebentar, envolvendo um caso de fraude nos estágios profissionais financiados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Muitos patrões obrigam, ilegalmente, os estagiários a devolver à empresa parte do salário que é comparticipado (entre 20% e 35%) e impõem-lhes que paguem a taxa social única (23,75%) que teria de ser a entidade empregadora a cobrir.
Isto significa que dos 691 euros ilíquidos mensais que um estagiário com licenciatura recebe, até 400 podem acabar, por debaixo da mesa, nas mãos dos empresários que os contratam e apenas com 291 euros ficam para o jovem profissional
O caso é denunciado pelo Jornal de Notícias, revelando o diário que a arquitetura, advocacia e psicologia são as áreas mais afetadas e que o Conselho Nacional da Juventude tem recebido muitas denúncias, que acabam por não resultar em qualquer queixa formal.
Ao JN, o presidente desta plataforma que representa as associações juvenis explica que, em muitos casos, estes estágios são necessários para aceder à profissão e os jovens não veem outra hipótese se não aceitar este esquema.
Hugo Carvalho fala mesmo numa "autêntica lavagem de dinheiro", com estas empresas a declararem os subsídios e a gozarem de benefícios fiscais quando na realidade recebem o valor de volta.
Para poder comentar deves entrar na tua conta