
Ficar desempregado é seguramente um problema para muitas pessoas. Mas este momento teoricamente difícil de ultrapassar pode ser uma janela de oportunidade. Como? Através de um mecanismo que a Segurança Social (SS) tem de entregar o subsídio de uma só vez. Em 2015, a SS processou 2.740 entregas da prestação de desemprego de uma só vez e no ano passado houve 2.673 pessoas a recorrerem a este mecanismo para criar o seu próprio emprego. Esta é, aliás, a condição.
Segundo o Dinheiro Vivo, que conta alguns casos de sucesso de pessoas desempregadas que apostaram no “montante único”, como se chama o mecanismo do IEFP, a entrega do valor do subsídio na totalidade de uma só vez está sempre dependente da validação do projeto pelo IEFP, sendo que só avançam os negócios que o organismo considera viáveis.
Há, no entanto, outra condição. os beneficiários ficam obrigados a manter o negócio recém-criado e consequentemente os seus postos de trabalho durante três anos. Caso contrário, o contrato perde efeito e as prestações têm de ser devolvidas.
De referir que nem todos os subsídios de desemprego se esgotam na prestação de montante único. A grande maioria dos pedidos registados no ano passado (2.066) dizem respeito a entregas numa única vez, mas também houve 601 prestações entregues sob a figura do montante único parcial – IEFP dá apenas o montante necessário para fazer face ao projeto e distribui o restante valor a que o beneficiário tem direito pelos meses do subsídio.
Com a mudança na lei em 2012 o subsídio de desemprego passou a ter um teto máximo de 1.053,30 euros e a sua duração máxima foi reduzida de 38 para 26 meses. Mas as pessoas com mais anos de descontos têm direito a 36 meses, o que significa que, no máximo, o valor global a entregar rondará 37.000 euros, escreve a publicação.
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