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Mais de metade dos desempregados (54%) com subsídio de desemprego recebe um valor igual ou inferior a 419,22 euros (1 Indexante de Apoios Sociais). Quem consegue atingir os 2,5 IAS, que corresponde ao valor máximo em vigor desde 2012, são menos de 3% dos beneficiários desta prestação contributiva.

Segundo o Dinheiro Vivo, os dados foram disponibilizados pela Segurança Social mostra qual é o valor médio que, a cada mês, é pago aos desempregados que ainda se encontram a receber subsídio. Mas a informação recolhida no Livro Verde das Relações Laborais – deverá ser apresentado formalmente esta quarta-feira (dia 29) – permite concluir que em junho do ano passado em cada 100 desempregados 54 recebiam 419,22 euros.

As regras de atribuição do subsídio de desemprego sofreram alterações em 2012. Uma das mudanças foi no valor máximo que até aí estava balizado em 3 IAS (1.257 euros), passando a ter um teto equivalente a 2,5 Indexantes (1.048 euros ou 1.053 euros, tendo por referência o valor do IAS que foi atualizado este ano).

Outra alteração diz respeito à aplicação de um corte de 10% na prestação depois de decorridos 180 dias de concessão. Apesar de em 2012 não se ter mexido no valor mínimo deste subsídio, a aplicação daquele corte faz com que frequentemente as pessoas fiquem a receber um valor inferior ao que está na lei, escreve a publicação, referindo que o caso já gerou várias queixas ao Provedor de Justiça.

No fundo, o Livro Verde das Relações Laborais revela que mais de metade dos desempregados recebe um valor inferior à média do subsídio que tem rondado os 450 euros nos últimos meses. De referir ainda que os que recebem mais de 2 IAS são apenas cerca de 7%.

No que diz respeito à duração dos subsídios, em 2011, cada desempregado ficava a receber subsídio durante cerca de 25,44 meses enquanto agora este prazo médio é de 17,30 meses. 

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