
Os portugueses gostavam de se reformar antes do tempo e, na maioria dos casos, dizem que vivem sem dificuldades. No entanto, apenas cerca de terço está já a poupar para a reforma. Este é, pelo menos, o cenário traçado pelo Instituto BBVA de Pensões, a partir de uma sondagem realizada em Portugal.
"Os portugueses desejariam reformar-se aos 61,1 anos, apesar de acreditarem que não o poderão fazer com essa idade e terão de esperar até aos 65,4 anos, idade em que em média creem que realmente se reformarão, estabelecendo-se um diferencial de 4,3 anos entre ambas", refere o estudo divulgado hoje e citado pelo Lusa.
Cerca de 70% dos inquiridos não acredita que possa viver sem dificuldades, no entanto, segundo o Instituto BBVA de Pensões, apenas 32% estão atualmente a poupar para a reforma.
"Os motivos para não poupar para a reforma são tanto a falta de capacidade de poupança, como também por considerarem que ainda falta muito tempo para se reformarem", sinaliza.
O principal instrumento financeiro utilizado para canalizar a poupança para a reforma foram os Planos Poupança Reforma (PPR), e a idade média em que se começou a poupar para a reforma aumentou ligeiramente para 27,5 anos em vez de 26,1 anos em 2015.
A média mensal de poupança dos aforradores foi de 166,4 euros, valor em 30,3 euros superior ao de 2015. No entanto, sinaliza o estudo, 46% dos aforradores não atinge 150 euros de poupança mensal.
O Instituto BBVA de Pensões conclui ainda que "existe a convicção que a pensão pública não será suficiente para cobrir as necessidades".
De acordo com a ficha técnica da sondagem descrita pela agência de notícias, para a realização do estudo foram realizadas mil entrevistas telefónicas dentro do universo da população portuguesa residente em Portugal entre os dias 4 de outubro e 2 de novembro de 2016.
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