
Os CEO das 14 cotadas do PSI-20 que já apresentaram os seus relatórios de Governo das Sociedades de 2016 ganharam em média 876.000 euros de salário no ano passado. Em alguns casos, o valor chega a ser 100 vezes superior ao auferido pelos trabalhadores das respetivas empresas.
Segundo as contas do Diário de Notícias, que se apoia na informação disponibilizada pelas empresas, António Mexia, CEO da EDP, lidera o ranking dos mais bem pagos, tendo ganho no ano passado mais de dois milhões de euros, entre remuneração fixa e variável, mais 11% que em 2015. A remuneração de Mexia foi 41,5 vezes superior face aos 49.100 euros de salário recebido, em média, por cada um dos quase 12 mil funcionários da EDP.
A discrepância é ainda maior, no entanto, na Jerónimo Martins. Pedro Soares dos Santos, CEO da dona dos supermercados Pingo Doce, arrecadou 1,269 milhões de euros no ano passado, mais 46% que em 2015, sendo que a média salarial do grupo foi de 12.500 euros anuais por trabalhador. Ou seja, Soares dos Santos ganhou mais 101 vezes que um colaborador da empresa.
No caso da Sonae, apesar de ter recuado quase 30% em 2016, o salário de Paulo Azevedo, CEO do grupo, foi 38 vezes superior ao rendimento médio dos trabalhadores. Galp e CTT são as outras empresas do principal índice da bolsa nacional em que a diferença salarial entre o CEO e os trabalhadores ultrapassa as 30 vezes, escreve a publicação.
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