
E assim há quatro anos seguidos. Em 2022, a carga fiscal sobre o trabalho voltou a subir em Portugal, que é o 9º país da OCDE onde o IRS e as contribuições sociais entregues por trabalhadores e empregadores mais pesam nos salários. Em causa estão dados que constam no relatório anual "Taxing Wages", publicado recentemente pela OCDE.
Segundo o Jornal de Negócios, que se apoia no estudo, o peso de impostos e contribuições sobre a retribuição de um trabalhador solteiro sem filhos a ganhar um salário médio subiu de 41,8% para 41,9%.
O aumento da chamada "tax wedge" voltou a dever-se à subida das taxas efetivas de imposto, não tendo havido alterações nas taxas contributivas.
No caso concreto de Portugal, a remuneração média passou para cerca de 1.514 euros brutos mensais, tendo crescido em termos nominais 4,5%, o que face à inflação registada se traduziu numa perda real de salários de 3,5%, escreve a publicação, salientando que a taxa efetiva de imposto subiu 0,3%, considerando o trabalhador solteiro sem filhos.
A OCDE, recorde-se, é uma organização internacional composta por 38 países da América do Norte e do Sul, da Europa e da Ásia-Pacífico. Estes são os Estados-Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, EUA, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, Chéquia, Suécia, Suíça e Turquia.

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