"Metamorfosis: espaço e sociedade na coleção do idealista" poderá ser visitada até 8 de março, na Serrería Belga, em Madrid.
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O idealista completou 25 anos no passado dia 4 de outubro e, para comemorar, organizou uma exposição de arte com a maioria das obras do acervo da coleção de arte contemporânea da empresa. O Espaço Cultural Serrería Belga, centro da Área de Cultura, Turismo e Desporto, no centro de Madrid, acolhe até 8 de março de 2026 a exposição Metamorfosis: espaço e sociedade na coleção idealista. Trata-se de uma exposição que inclui mais de 120 peças de 58 artistas da Europa, América, África e Ásia, que documentam com um olhar crítico a realidade contemporânea através da fotografia e da videoarte.

As obras selecionadas pertencem à coleção idealista, criada há 15 anos, e inclui obras de artistas fundamentais que poderão ser vistas na Serrería Belga, como Teresa Margolles (México, 1963), Cristina Lucas (Espanha, 1973), Diana Larrea (Espanha, 1972), Mladen Stilinovic (Sérvia, 1947), Kiluanji Kia Henda (Angola, 1979) e Olaf Breuning (Suíça, 1970), entre outros.

Obra de Ismael Iglesias, o artista premiado com o primeiro prémio idealista 2018
Obra de Ismael Iglesias, o artista premiado com o primeiro prémio idealista 2018 idealista/news

A exposição explora as tensões territoriais, as marcas ambientais e os limites mutáveis entre o público e o privado, âmbitos nos quais o espírito humano procura afirmar-se e transformar o seu ambiente. Além disso, são exibidas as obras premiadas com o Prémio Idealista de Arte Contemporânea, criado em 2018 para reconhecer o talento de jovens artistas plásticos. Nessa primeira edição, o galardão foi entregue a Ismael Iglesias, o artista que usou colchões abandonados para fazer denúncias sociais.

Esta exposição convida, na Serrería Belga, um edifício industrial singular do início do século XX situado nas proximidades do Paseo del Arte, a reconsiderar como o ser humano habita o espaço, como se relaciona com os seus semelhantes e como é afetado pelas dinâmicas sociais e ecológicas.

Parte dos acervos expostos na Serrería belga
Parte dos acervos expostos na Serrería belga idealista/news

Artistas excepcionais que refletem tempos de incerteza

Ao longo de quatro âmbitos, as peças incluídas evidenciam as mudanças na sociedade e nos espaços atuais

  • A primeira seleção de obras aborda as "Tensões geográficas" que atravessam os locais habitados: cenários onde convergem sonhos não realizados, desenvolvimento imobiliário e impacto económico. Artistas como Teresa Margolles, Adrian Melis (Cuba, 1985) ou Liu Bolin (China, 1973) refletem sobre como o urbanismo, a censura ou a transformação da paisagem influenciam a memória coletiva e as formas de habitar.
  • No âmbito "Paradoxos ambientais" confluem obras que examinam a complexa relação entre iconografia oficial, publicidade e crise climática, evidenciando a tensão entre a utopia do progresso e a realidade do impacto ambiental. As obras de artistas como Ramón Masats (Espanha, 1931-2004), Panos Kokkinias (Grécia, 1965) ou Cecilia Paredes (Peru, 1950) tornam-se instrumentos essenciais para analisar como o urbanismo contemporâneo configura a identidade coletiva e transforma os ecossistemas.
Parte das obras do idealista expostas
Parte das obras do idealista expostas idealista/news
  • Por sua vez, "Os espaços quotidianos", título do terceiro âmbito, reflete como espaços que muitas vezes foram relegados à rotina ou à indiferença adquirem uma dimensão simbólica que revela o lado lúdico e político da vida cotidiana. Através do olhar artístico de Bárbara Wagner & Benjamín de Burca (Brasil, 1980; Alemanha, 1975); José María Mellado (Espanha, 1966) ou Colita (Isabel Steva Hernández, Espanha, 1940-2023), o comum torna-se extraordinário, refletindo um território no qual emergem tensões sociais, afetivas e de género que desafiam as estruturas do heteropatriarcado e onde o espírito humano abre caminho.
  • A última secção, "Arqueologia humana", apresenta uma visão que vai além da observação passiva do ambiente, convidando a explorar os vestígios visíveis e invisíveis que constituem os espaços habitados. Artistas como LUCE (Espanha, 1989), Yuval Avital (Israel, 1977) ou Anastasia Samoylova (Estados Unidos, 1984) intervêm nestes territórios, apropriando-se deles e transformando-os através de uma linguagem estética que combina beleza, forma e significado. Dessa forma, o espaço deixa de ser um fundo utilitário para se tornar uma tela onde se revelam história, memória e tensões humanas.
exposição idealista
Obra de Mónica de Miranda, a artista premiada com o prémio idealista de Arte Contemporânea 2023

A exposição explora o papel da fotografia e da videoarte como ferramenta crítica num mundo, ou numa época, em conflito e transformação. Como salienta a sua curadora, Elisa Hernando de Arte Global "esta exposição convida a reconsiderar a sociedade atual como um ato criativo onde coexistem desejo, conflito e esperança. As obras dos artistas atuam como reflexos das dinâmicas culturais, económicas e emocionais, onde a arte configura a realidade e revela novas formas de a habita".

exposição idealista
Obra de Mónica de Miranda, a artista premiada com o prémio idealista de Arte Contemporânea 2023

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