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Obras na Segunda Circular em Lisboa, afinal, não avançam
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O concurso público para requalificar a Segunda Circular, em Lisboa, foi anulado pela autarquia da capital, levando à paragem imediata das obras. Na base desta decisão da Câmara Municipal de Lisboa (CML) estão eventuais conflitos de interesse, depois de três dos 27 concorrentes terem apresentado reclamações por causa de um "alegado erro de cálculo no processo de definição da proposta vencedora".

Citando um comunicado da autarquia, o Diário de Notícias explica que a a anulação do concurso deve-se ao"facto de o autor do projeto de pavimentos ser também fabricante e comercializador da mistura betuminosa", frisando que essa era circunstância seria desconhecida da Câmara Municipal na altura do lançamento do concurso.

O autarca de Lisboa, Fernando Medina salvaguarda assim, de acordo com o jornal, a possibilidade de impugnação dos concursos por algum dos candidatos derrotados. 

A partir de agora há três cenários para resolver a necessidade de obras na Segunda Circular, aponta o diário: levar o mesmo projeto a um novo concurso - o cenário menos provável -, elaborar um novo projeto mais simples e que encurte o tempo da obra ou avançar para um plano mais abrangente e longo que o inicial. Esta última opção levaria a obra a terminar depois das eleições autárquicas e incluiria a gestão camarária da Carris.

Obras de 13 milhões

A primeira fase das obras de requalificação da Segunda Circular - avaliada em 750 mil euros - arrancou no início de julho, entre o troço do nó do RALIS e a Avenida de Berlim, e previa-se que terminassem em outubro.

A segunda empreitada (a maior, avaliada em 9,5 milhões de euros) teria um prazo de execução de oito meses, numa extensão de 10 quilómetros entre o nó da Buraca e o Aeroporto.

A intervenção na estrada, segundo a Lusa, visa ainda a arborização (com cerca de 500 freixos) e ampliação do separador central, renovação da sinalética, criação de um sistema de retenção de veículos e introdução de guardas de segurança.

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