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Construção faturou 4,5 mil milhões lá fora, mas está a abrandar o ritmo
GTRES

Com um volume de negócios no exterior a rondar os 4,5 mil milhões de euros, o setor da construção manteve em 2016 a trajetória descendente iniciada em 2015. Com efeito, este valor traduz uma quebra de 14% face ao ano anterior, altura em que foram faturados 5,2 mil milhões. Os dados são revelados nos Cadernos de Internacionalização, publicados anualmente pela Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS).

A publicação anual, que divulga os dados da atividade da construção portuguesa no exterior em 2016, revela que – tal como já deixava antever o nível das obras em carteira apurado em 2015, inferior em 14% ao conseguido em 2014 – no ano agora em análise a faturação do setor no estrangeiro desceu um 1%, representando 2% do PIB (3% em 2015), tal como o peso da atividade nas exportações portuguesas, que se limitou a 6% (7% em 2015).

Os resultados mostram que em 2016 a atividade internacional das empresas de construção portuguesas continuou centrada nos mercados de África, onde, apesar da quebra de atividade (-29%), conseguiram obter metade do seu volume de negócios (2,2 mil milhões de euros), e da América Central e do Sul, onde, pelo contrário, se verificou um aumento da atividade (de 12% face a 2015) e o volume de negócios conseguido foi de 1,7 mil milhões (mais 27% relativamente a 2015).

Menos Europa, mais Médio Oriente

Outro mercado onde a presença da construção portuguesa diminuiu significativamente (-26% no volume de negócios e -45% na carteira de encomendas) foi o europeu, ao contrário do que aconteceu no Médio Oriente, onde se verificou um aumento tanto do volume de negócios (32 milhões de euros) como dos novos contratos celebrados (24 milhões de euros).

A análise do desempenho da construção portuguesa por países mantém Angola em primeiro lugar, com um peso de 26% no volume de negócios obtido no exterior. Seguem-se México (10%), Moçambique (9%), Brasil e Peru (7%), Polónia (5%), Venezuela (4%) e Argélia, Malawi e África do Sul (3%).

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