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Elevo afastada de duas empreitadas na Zâmbia
Igor Ovsyannykov/Unsplash

A construtora portuguesa, Elevo - detida pela Nacala Holdings que acabou de comprar 100% da Ramos Catarino -, foi afastada de duas empreitadas de abastecimento de água, drenagem e saneamento em Lusaca, na Zâmbia. Em causa está o “mau desempenho” e o “risco” de as empreitadas não serem concluídas, segundo a acusação da Millennium Challenge Corporation (MCC), agência americana responsável pelos projetos. A Elevo, detida pela Nacala, já veio dizer que a rescisão avançou por sua iniciativa.

A MCC despediu a construtora, acusando-a de execução deficiente e atropelos legais. De acordo com um porta-voz do MCC Zâmbia, citado pelo Expresso, “o mau desempenho da construtora e o risco de não concluir as empreitadas” nas datas e condições acordadas, forçaram a rescisão dos contratos. Os atrasos “impediam os moradores de Lusaca de beneficiar do acesso a água potável e saneamento adequado em tempo devido”.

A agência veio ainda dizer que a Elevo atropela as leis laborais da Zâmbia, invocando “protestos e agitação” na comunidade de operários ao seu serviço, segundo a mesma publicação.

Elevo acusa MCC de não cumprir obrigações

A Elevo – resultou da fusão dos grupos Edifer, Monte Adriano, Hagen e Eusébios – já reagiu, apresentando outra versão da história. A construtora revelou que a rescisão dos contratos, avaliados em 45 milhões de euros, avançou por sua iniciativa, “após a incapacidade do MCC Zâmbia de cumprir as suas obrigações”.

De acordo com Gilberto Rodrigues, o presidente e principal acionista da Elevo, o dono de obra “não pagou o trabalho executado nem entregou informação técnica atempadamente para que executássemos os trabalhos de acordo com o projeto”. “Fomos forçados a adotar uma medida drástica para defender os interesses dos acionistas, bancos e demais comunidade de parceiros”, acrescentou Gilberto Rodrigues.

A 27 de abril, segundo o Expresso, o MCC - Zâmbia propôs a “rescisão amigável” do contrato, mas a Elevo rejeitou a oferta, avançando com a rescisão “com efeitos imediatos”. Entretanto a construtora portuguesa terá recebido uma carta do MCC a sugerir uma ronda de negociações para resolver a litigância, e evitar que o caso siga para o circuito judicial da Zâmbia.

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