
Optar por "técnicas ancestrais" como a arquitetura e construção em terra é o desafio que acaba de lançar o ministro do Ambiente, José Pedro Matos Fernandes, com o objetivo de reduzir o gasto de recursos naturais e fomentar a eficiência das casas.
"É importante valorizar atividades como esta de arquitetura e construção em terra, porque estamos a falar de um uso de bens que são 100% naturais, que não causam qualquer resíduo quando deixam de ser utilizadas e que tem excelentes condições térmicas", defende o governante.
No final de uma aula aberta na Universidade de Évora (UÉ), no pólo onde se leciona o curso de arquitetura, Matos Fernandes declarou aos jornalistas que este tipo de projetos são "muito bem-vindos" e garantiu que o Estado pode ajudar "a financiar novas técnicas de construção e de as tornar ainda mais eficientes a partir desta forma ancestral de fazer construção".
No entender do governante, "dentro dos diversos setores da economia, há um deles, o da construção, que é o que tem a mais baixa eficiência material. É o setor onde são precisos mais quilos de matéria para poder produzir um euro de valor".
Neste sentido, o ministro citado pela Lusa, argumentou que o desenvolvimento de "uma economia regenerativa de recursos que faça com que os bens tenham o seu valor económico durante mais tempo" em vez da actual, a linear, em que "se extrai, transforma, usa e deita fora".
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