A Câmara Municipal de Elvas (CME) licenciou um hotel, um investimento privado de cerca de 4,5 milhões de euros, na propriedade Quinta do Morgadinho, escreve o Público. Um tema que tem gerado polémica, visto ter sido autorizada, também, a demolição da capela ali existente, cuja construção terá ocorrido nos séculos XVII ou XVIII e que possuía elementos decorativos alegadamente em bom estado conservação. A autarquia respondeu às críticas, revelando, por exemplo, que a capela em causa estava “em ruínas há mais de uma década, tendo há muito desabado a sua cobertura”.
Segundo a CME, “algumas das fotografias [da capela] a circular nas redes sociais não foram obtidas nos últimos anos”. “Falar em demolição da capela com elementos patrimoniais relevantes é falso, pois o teto e a cobertura já tinham caído. À data da aquisição da quinta pelo atual proprietário, a construção apontada já se encontrava em ruínas. As demolições em curso, para construir uma unidade hoteleira, não atingiram qualquer património protegido, classificado ou em vias de classificação”, lê-se no comunicado publicado no site do município.
Entretanto, citado pelo Público, Tiago Picão de Abreu, advogado de Elvas, acusa a CME de faltar à verdade. O responsável refere que, “há precisamente um ano”, uma reportagem realizada pela Rádio Elvas mostra no vídeo então publicado que “tanto o teto como a cobertura da capela estavam intactas”.
“Eu estive no local pela altura em que foram tiradas as fotografias, há menos de duas semanas, e posso confirmar que o tecto da capela estava de pé e que as imagens que circularam posteriormente nas redes sociais estavam perfeitamente atualizadas”, acrescentou.
Para poder comentar deves entrar na tua conta