É necessário haver uma alteração à "Lei dos Alvarás" para promover uma concorrência justa, disse o presidente da CPCI.
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Alvarás de construção mais caros para os portugueses
Imagem de Josep Monter Martinez por Pixabay

Em Portugal, as empresas de construção precisam de obter uma autorização (alvará ou certificado) antes de iniciar atividade. Mas o valor a pagar não é igual para todas: as construtoras estrangeiras têm de pagar menos que as portuguesas para obter um alvará de construção. E esta diferença tem gerado preocupações no setor.

É a “Lei dos Alvarás” a responsável por esta diferença. Para Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), esta lei é “muito exigente e onerosa para as empresas nacionais e permissiva e facilitadora para as empresas estrangeiras que pretendam executar obras em Portugal”, disse ao Jornal de Negócios.

Isto acontece porque, de acordo com o diploma atual, “uma empresa estrangeira que pretenda executar trabalhos de construção civil em Portugal pode solicitar uma declaração para o efeito ao instituto regulador, com custos muito inferiores aos que as empresas portuguesas são obrigadas a suportar”, revelou Reis Campos ao mesmo jornal. Note-se que é o Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção (IMPIC) o responsável por dar luz verde aos alvarás de construção no país.

Para promover um tratamento igualitário, sobretudo ao nível de custos, o presidente da CPCI tem reclamado junto do Governo uma alteração urgente à “Lei dos Alvarás”. O objetivo é promover uma concorrência mais justa entre as empresas de construção.

A verdade é que são cada vez mais os alvarás concedidos ao longo dos anos. Segundo os dados do IMPIC, desde 2016 até hoje o número de autorizações para construção aumentou quase 10.000, encontrando-se em junho de 2021 nas 30.138.

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