Obra foi distinguida na Docomomo Rehabilitation Award na categoria da ‘Sustain Uses’.
Comentários: 0
Grande Auditório da Gulbenkian ganha prémio
Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian Fundação Calouste Gulbenkian

O Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, foi reconhecido pela Docomomo Internacional: ganhou o prémio da primeira edição do Docomomo Rehabilitation Award (DRAW) na categoria de ‘Sustain Uses’. Esta é uma iniciativa à escala global que vem reconhecer os melhores trabalhos de reabilitação na arquitetura moderna realizados nos últimos 12 anos.

A reabilitação do Grande Auditório da Gulbenkian é uma obra com a assinatura da arquiteta Teresa Nunes da Ponte realizada entre 2013 e 2014. E foi reconhecida por representar uma “renovação exemplar que introduz padrões contemporâneos como resposta às atuais exigências de segurança e sustentabilidade, mantendo a função e a identidade dos edifícios”, lê-se num comunicado divulgado pela Docomomo na passada quinta-feira, dia 2 de setembro de 2021.

Em concreto, nesta obra foram reformadas a sala de espetáculos, o palco, o subpalco e salas de ensaio da orquestra e coro, detalha a Fundação Calouste Gulbenkian na sua página oficial. Além destes elementos, foram “ainda renovadas todas as zonas de apoio técnico, que passaram a dispor de novas estruturas e infraestruturas completamente adaptadas às regras europeias em matéria de segurança, qualidade e operacionalidade”, lê-se ainda.

Sobre a reabilitação do Grande Auditório da fundação, o júri considerou que a “atualização invisível conseguiu manter o caráter único e monumental do edifício, adaptando-o à contemporaneidade”.

Grande Auditório Gulbenkian é premiado
Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian Fundação Calouste Gulbenkian

18 obras premiadas em todo o mundo

A DRAW veio premiar, pela primeira, vez as 18 obras de reabilitação em todo o mundo em nove categorias diferentes. E criou mais uma, os prémios carreira, para distinguir os melhores profissionais nas áreas de restauro e promoção do Movimento Moderno.

Esta é uma iniciativa da Docomomo - Documentation and Conservation of Buildings, Sites and Neighbourhoods of the Modern Movement – uma organização não governamental representada em cerca de 70 países nos cinco continentes, que organizou no passado dia 1 de setembro de 2021 o 16th Docomomo International Conference – Tóquio/Lisboa.

Foi neste mesmo evento que decorreu a cerimónia da DRAW, na qual a entrega de prémio foi asseguada pela portuguesa Ana Tostões, a presidente do Docomomo International e membro do júri também composto por: Barry Bergdoll (EUA), Horacio Torrent (Chile), Scott Robertson (Austrália), Uta Pottgiesser (Alemanha) e Yoshiyuki Yamana (Japão).

Na ocasião, Ana Tostões sublinhou que “o objetivo [da DRAW] é o de demonstrar como a salvaguarda do património pode ser cumprida em diferentes contextos e com diversos meios.” E referiu ainda que este prémio veio destacar “não só a intervenção canónica nas obras-primas da arquitetura moderna, mas também a salvaguarda sustentável e de baixo custo das arquiteturas do quotidiano, implicando ações realizadas em situações exigentes envolvendo as comunidades como agentes da mudança”.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade