
O arquiteto José Carlos Loureiro morreu esta quarta-feira, aos 96 anos, na sua residência em Valbom, concelho de Gondomar, no distrito do Porto. O anúncio foi feito pela Fundação Marques da Silva.
Nascido na Covilhã, a 2 de dezembro de 1925, o arquiteto chegou ao Porto em 1941 para ingressar na Escola de Belas-Artes, refere a fundação na sua página na Internet, considerando que José Carlos Loureiro praticou arquitetura de uma "forma comprometida, generosa e apaixonada, sempre demonstrando uma invulgar sintonia entre a arte de bem desenhar e a arte de bem construir".
O arquiteto foi o autor de obras icónicas como:
- Pavilhão dos Desportos no Palácio de Cristal, Porto
- Edifício Parnaso, Porto
- Conjunto Luso-Lima, Porto
- Hotel D. Henrique, Porto
- Pousada de S. Bartolomeu, Bragança
- Casa-Atelier Júlio Resende, Gondomar
- Conservatório Gulbenkian e dos Edifícios Residenciais, Aveiro
- Instituto Superior da Maia
- 'Capelinha' de Fátima
A fundação destaca ainda que José Carlos Loureiro "desde muito cedo aliou ao exercício da atividade projetual, individualmente ou em gabinete (primeiro com Pádua Ramos, depois com o seu filho e mais recentemente também com o seu neto), o desafio da experiência do ensino".

Em 2013, o arquiteto doou o seu acervo profissional à Fundação Marques da Silva, assinala a instituição, que cita "o seu grande amigo Eugénio de Andrade" quando dele escreveu que "a sua vida teve a dignidade de um poema".
O corpo esteve em câmara ardente a partir da tarde desta quinta-feira na Capela da Ressurreição da Igreja de Valbom, realizando-se o funeral esta sexta-feira, dia 2 de setembro, às 11h00.
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