![Construção de casas novas mais cara](https://st3.idealista.pt/news/arquivos/styles/fullwidth_xl/public/2022-10/images/pexels-kindel-media-8486921.jpg?VersionId=TzI7_WySELy2LsySHFAMch0xUo2Wt2VK&itok=qeztO0Rf)
O atual contexto de inflação está a contagiar toda a economia. E está a impulsionar ainda mais a subida dos preços no setor da construção, alimentando uma trajetória que começou durante a crise pandémica. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram isso mesmo: em agosto os custos da construção de casas novas aumentaram 12,6% em termos homólogos. Por detrás desta escalada dos preços dos materiais e o aumento dos custos com a mão de obra.
“Em agosto, a variação homóloga estimada do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi 12,6%, taxa inferior em 0,7 pontos percentuais (p.p). à observada em julho”, lê-se no boletim publicado esta sexta-feira, dia 7 de outubro.
Há dois fatores que têm contribuído para o aumento dos custos de construção de casas novas em Portugal, aponta o gabinete de estatística português:
- Preços dos materiais de construção subiram 16,6% em termos homólogos (mas o crescimento desacelerou 0,9 p.p. face ao mês anterior);
- Custos da mão de obra aumentou 6,9% (7,3% em julho).
Foram os custos dos materiais que mais contribuíram para a subida dos custos da construção nova em Portugal em agosto – em concreto 9,7 p.p. Já a componente mão de obra pesou bem menos (2,9 p.p).
Quais são os materiais de construção que veem o preço subir mais?
Mas quais são os materiais de construção que mais têm encarecido neste contexto de inflação impulsionado pela guerra na Ucrânia? Segundo o INE, os materiais que mais influenciaram esta variação são os produtos cerâmicos, já que os preços cresceram de cerca de 70% em termos homólogos.
Mas há outros materiais de construção que apresentaram subidas homólogas nos preços superiores a 20%, aponta o instituto:
- Gasóleo;
- Cimento;
- Aglomerados e ladrilhos de cortiça;
- Madeiras e derivados de madeira;
- Obras de carpintaria;
- Tubos de PVC.
Já olhando para a taxa de variação mensal do ICCHN, o INE destaca que foi de -0,5% em agosto. Isto porque o custo dos materiais e o custo da mão de obra diminuíram 0,2% e 0,9%, respetivamente.
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