Preços dos materiais subiram 16,6% e custo da mão de obra aumentou 6,9%, diz o INE. Há materiais de construção a custar mais 70%.
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Construção de casas novas mais cara
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O atual contexto de inflação está a contagiar toda a economia. E está a impulsionar ainda mais a subida dos preços no setor da construção, alimentando uma trajetória que começou durante a crise pandémica. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram isso mesmo: em agosto os custos da construção de casas novas aumentaram 12,6% em termos homólogos. Por detrás desta escalada dos preços dos materiais e o aumento dos custos com a mão de obra.

“Em agosto, a variação homóloga estimada do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi 12,6%, taxa inferior em 0,7 pontos percentuais (p.p). à observada em julho”, lê-se no boletim publicado esta sexta-feira, dia 7 de outubro.

Há dois fatores que têm contribuído para o aumento dos custos de construção de casas novas em Portugal, aponta o gabinete de estatística português:

  • Preços dos materiais de construção subiram 16,6% em termos homólogos (mas o crescimento desacelerou 0,9 p.p. face ao mês anterior);
  • Custos da mão de obra aumentou 6,9% (7,3% em julho).

Foram os custos dos materiais que mais contribuíram para a subida dos custos da construção nova em Portugal em agosto – em concreto 9,7 p.p. Já a componente mão de obra pesou bem menos (2,9 p.p).

Quais são os materiais de construção que veem o preço subir mais?

Mas quais são os materiais de construção que mais têm encarecido neste contexto de inflação impulsionado pela guerra na Ucrânia? Segundo o INE, os materiais que mais influenciaram esta variação são os produtos cerâmicos, já que os preços cresceram de cerca de 70% em termos homólogos.

Mas há outros materiais de construção que apresentaram subidas homólogas nos preços superiores a 20%, aponta o instituto:

  • Gasóleo;
  • Cimento;
  • Aglomerados e ladrilhos de cortiça;
  • Madeiras e derivados de madeira;
  • Obras de carpintaria;
  • Tubos de PVC.

Já olhando para a taxa de variação mensal do ICCHN, o INE destaca que foi de -0,5% em agosto. Isto porque o custo dos materiais e o custo da mão de obra diminuíram 0,2% e 0,9%, respetivamente.

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